Like in a Fairy Tale • Tomdaya

Capítulo catorze - Cansada.

Alerta gatilho: este capítulo contém conteúdo sensível.

Domingo, quase dez horas da manhã e ele estava quase enlouquecendo do lado de fora do quarto de hotel. Nas mãos um buquê de flores, dessa vez dálias. Pesquisou uma flor ideal para presentear a namorada naquela data tão especial, então achou as dálias. Essas flores transmitem o vínculo duradouro entre duas pessoas, e ele queria que aquele vínculo durasse uma vida inteira. Queria parecer o mais despojado o possível, sem toda aquela áurea real insuportável, então vestia uma camiseta mostarda, uma calça de alfaiataria xadrez e um sapato social marrom, ainda estava mais formal do que queria, mas era isso que a coroa permitia.
Não precisou bater mais de uma vez na porta, foi praticamente engolido para dentro. Sua namorada parecia desesperada por seus beijos, visto que nem o deixou respirar dentro do quarto de hotel. Aqueles beijos, aqueles beijos que eram capazes de fazê-lo desejar nunca mais precisar respirar. Uma verdadeira batalha de línguas, ela nunca parecia se importar com as flores entre eles ou que o Tom sempre estava desajeitado nesses beijos surpresas. Ela o amava e ele a amava, era isso que importava nesse momento.

- Que saudades! - Ela diz meio ofegante pelo beijo, o coração disparado. O peito queimando de amor. - Feliz quase nosso dia! - Ela enche o rosto dele de beijinhos.

- Feliz quase nosso dia, mate... - Ele coloca as flores no aparador ao lado deles, puxando-a para mais um beijo voraz, repleto de saudades e carinho. Zendaya o agarrou, mantendo-o apenas para ela, somente dela.

- É Hunter, ele mal chegou e já estão quase transando na minha frente, encontro vocês em dez minutos. - Darnell diz ao telefone. Hunter resolveu levar Noon para passear e passar no SPA para cães, o problema foi que após o banho, toda a simpatia do cãozinho foi embora pelo ralo e nada, absolutamente nada fazia ele ir com ela de novo, sobrando para Darnell ter que ir buscá-los. Tom quis morrer de tanta vergonha. - Fica tranquilo, amigo. Eu já fiz coisas piores. - Darnell dá dois tapinhas nas costas do britânico e sai do quarto.

- Céus, que vergonha! - Thomas se afasta da namorada com o rosto todo vermelho, Zendaya riu achando ele uma graça. Depois da chamada onde, bem, esquentaram a relação, Tom estava 2% mais aberto com ela. Quase explodiu de vergonha ao tentar dizer o que tinha feito naquele banho depois de desligar a chamada, Zendaya era completamente diferente, narrando detalhe por detalhe, dizendo como se sentiu, o que pensou e o que desejou. Então, ele disse que ela era fogosa e que acabaria com ela. Zendaya só acreditou no fogosa, pois era a maior verdade de todos os tempos, porém não acreditou que ele acabaria com ela, afinal, ele se tornava uma coisinha minúscula quando estava com vergonha.

- Está com vergonha do Darnell ter visto a gente se beijar? - Ela perguntou rindo, Thomas concordou com a cabeça, extremamente adorável. Ela o amava. - Amor, o Darn já viu coisas bem piores e vai por mim, nosso beijo foi uma obra de arte. - Ele sorriu envergonhado, ela inclinou a cabeça para o lado, apenas para encará-lo melhor. Ele copiou a ação, estavam tão conectados que sofriam do efeito espelho, bastava um fazer um movimento que o outro copiava de maneira inconsciente. - Espera! Do que você está com vergonha? O Darn já foi embora. - Ela encarou ele por mais uns segundos, o rosto já não estava tão vermelho, mas as orelhas estavam rosadas. Ele se manteve em silêncio deixando-a que lesse a sua mente. - Amor, você não está com vergonha do que conversamos, está? - Levou mais alguns segundos para ela obter a resposta silenciosa. - AMOR?! Eu pensei que você já tinha superado que vamos fazer amor um dia.

- Eu superei e estou ansioso. Mas tocar você depois de... Você sabe, é estranho, não um estranho ruim. Você não é estranha, é bonita e especial. Eu só estou dizendo que... - Ele disparou a fazendo revirar os olhos e calá-lo com um beijo casto, ele sorriu meio bobo. Ela sabia que esse falatório desnecessário era resultado do nervosismo. - Eu te amo. - Okay, ela esperava tudo, menos isso. Thomas tinha os olhos brilhantes quando disse isso, o peito cheio de amor e o rosto levemente rosado. As borboletas no estômago dela fizeram uma festa. Parecia tão sincero, tão ele. Sentiu-se nas nuvens como da vez em que ele disse que tinha se apaixonado por ela à primeira vista. Ela sorriu tão feliz, tão leve que quis beijá-lo mais uma vez só para ter certeza.