Like in a Fairy Tale • Tomdaya

Capítulo quarenta e nove - Castigo.

"Principe de Gales é levado às pressas ao hospital e é necessário passar por uma transfusão de sangue. No primeiro dia do ano, após o misterioso sumiço de parte da família real, os príncipes de Cambridge são vistos no hospital principal, segundo fontes, um dos príncipes foi responsável pela doação de sangue para o irmão mais velho. O paradeiro da Duquesa ainda é desconhecido".

— Eu vou morrer, eu já estou morrendo. — Thomas tinha uma compressa de gelo no rosto, tinha os dois olhos roxos e um drama insuportável para se lidar. Zendaya estava dando o seu melhor, mas mesmo assim o príncipe estava manhoso demais para ficar longe dela. — 'Mozinho, não solta a minha mão. — É, ele estava exagerando, talvez fosse o efeito das medicações ou ele só estava sendo o pateta de sempre, mas estava sendo alvo de piadinhas de seus irmãos e cunhados. — Eu estou vendo a luz, por favor não solte a minha mão.

— Alexa, apagar as luzes. — O comando foi o suficiente para deixar tudo um breu, fazendo com que o príncipe desse o seu último suspiro e ficasse completamente imóvel. Ela quis gritar, não conseguia acreditar que ele estava se fingindo de morto apenas por levar uma bola de basquete no meio da cara. Sam disse que era comum essas reações exageradas quando o irmão perdia muito sangue, comentou sobre as alucinações e sobre as situações cômicas que o príncipe dava de entretenimento. — Alexa, acender as luzes. — As luzes quase a cegaram e o príncipe deu um pulo do sofá

— 'Mozinho, por favor não me deixe. Por favor. — As lágrimas brotaram no canto dos olhos, um choro sofrido de muita dor e tristeza, ele parecia estar completamente magoado com algo, realmente sofrendo e lutando pela própria vida. Isso fazia Zendaya sentir pena, ele estava alucinando e provavelmente sentindo muita dor, qualquer dor parecia mais potente no inverno e com aquela quantidade de gelo absurda em seu rosto, após uma lesão brutal daquela, parecia ser realmente dolorido. Olhou no cronometro, faltavam dois minutos de tortura, o namorado estava gemendo de dor, se lamentando e queimando em febre, resultado de um resfriado que estava o pegando rapidamente. Ela iria interromper a compressa, o médico até podia dizer que aquilo o ajudaria a aliviar a dor, mas o coração dizia o contrário.

— Eu não vou te deixar sozinho, Amorzão. Vou ficar aqui do seu ladinho até você se sentir melhor. — Zendaya foi cuidadosa ao acariciar os cabelos do namorado com movimentos leves e calmos que o fez relaxar rapidamente. A compressa de gelo havia sido deixada de lado. — Vou cuidar de você, cada segundo tá bom. Não precisa ter medo, eu estou aqui com você. — O choro dele se intensificou, estava pelando em febre e já havia tomado tantos remédios que temeu que se ele tomasse mais um, acabasse tendo consequências. — Amorzão, eu vou chamar a Kati, você está com febre e já tomou tantos medicamentos que temo que se você tomar mais algum, coisas ruins aconteçam. Você fica aqui quietinho, cuidando do meu lugar que eu já volto para segurar sua mão.

— Por favor, não me deixe. Eu não quero morrer sozinho. — Zendaya sorriu amarelo, torcendo para que não fosse para sempre assim. Ela deixou um beijo no topo da cabeça dele, junto com um cheiro no pescoço, fazendo com que ele relaxasse e então desceu as escadas indo para a sala de estar.

     Seu namorado era bom em muitas coisas, mas não no basquete. Segundo Julien, Thomas arremessou a bola para cima, acertando si mesmo em cheio, ninguém havia entendido como ele podia ter feito algo tão idiota, porém só acreditaram que ele realmente estava machucado quando as mãos que protegiam onde doiam, pigava sangue de maneira exagerada e Timothée gritou a palavra mágica, fazendo o príncipe entrar em colapso de vez. Sangue. O que mais preocupou Zendaya foi a pancada que ele tinha levado na cabeça, a fratura em seu nariz não havia sido tão séria assim, mas pediu vários exames na cabeça do namorado e pelo menos três raios x em sua coluna cervical, no final tudo havia sido um susto e o namorado ficaria bem.