Terminei de arrumar nossas coisas enquanto Nicolas me observava, ele estava encostado no batente da porta de braços cruzados.

Eu fiz mais alguns testes com o sangue da Any logo que acordei, vou dividir minhas descobertas com o pessoal.

Nicolas pegou a bolsa da minha mãe que eu estava prestes a jogar nas costas, eu o olhei e agradeci.

Nicolas: tudo pronto ?

Eu: sim.

Falei lhe dando um selinho, ele pegou minha mão e então voltamos pra casa onde os outros estavam.

Assim que entramos Any correu até nos e a Nicolas a pegou no colo.

Nicolas: já acordada, baixinha, que cedo.

Ela riu e olhou pro Juan.

Juan: ela não via a hora de vocês voltarem, quase não dormiu.

Eu: já estamos aqui, não precisa se preocupar mais.

Any: o tio Juan disse que você tava trabalhando, foi legal ?

Eu: claro que foi, mas eu senti sua falta lá.

Nicolas: verdade, sentimos falta da sua energia toda.

Any: mas eu não podia ficar lá, o titio Matheo disse que era perigoso pra mim.

Nicolas: ele tava certo, baixinha, foi melhor você ficar aqui.

Ele disse dando um beijo na bochecha dela, a colocou no chão e ela puxou ele pela mão em direção ao refeitório, ele me lançou um sorriso a seguindo enquanto eu me sentava no sofá ao lado da Júlia.

Eu: bom dia.

A cumprimentei vendo ler uma revista.

Julia: bom dia.

Ela respondeu baixo ainda olhando pra revista.

Matheo: bom dia, doutora.

Ouvi ele dizer ao entrar no recinto, o cumprimentei também e ele sentou no sofá do outro lado.

Eu: cadê a Nanda ?

Matheo: acho que ela tá na cozinha olhando algumas coisas, ela parece estranha.

Olhei na direção do corredor e suspirei.

Eu: difícil alguém estar normal aqui.

Murmurei baixo e me levantei indo pra lá, fui direto pro refeitório, não vi Nicolas e Any.

Eu: Nanda ?

A chamei entrando na cozinha, ela estava no balcâo perto da pia e me deu uma rápida olhada.

Nanda: oi, Agie, como está?

Eu: eu estou bem, tenho notícias.

Me aproximei dela a vendo cortar algumas coisas.

Nanda: achei algumas verduras ainda boas, vou improvisar pro nosso almoço, então pode ir falando.

Eu sentei no balcão e a olhei.

Eu: falamos sobre a ferida da Any que curou e ela não virou uma daquelas coisas, eu fiz alguns exames com o sangue dela, e com algumas outras amostras contaminadas que pedi pro Nicolas pegar.

Nanda: e o que descobriu?

Eu: é curioso, tem alguma coisa no sangue dela que expele o vírus, é interessante também que eu coloquei uma gota do sangue da Any em uma amostra de sangue infectado e essa amostra ficou limpa em minutos.

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