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Entro em casa e meus pais param de falar assim que me veem.

Como todos esses dias, minha mãe nem se quer olha pra minha cara, provavelmente ainda está irritada comigo, mas nem ligo.. eu acho.

Subo para meu quarto e deixo minha mochila no chão, indo direto tomar um banho.

Conversar com Sam me deixou mais leve, uma sensação melhor, claro que ainda me sentia suja, culpada e várias outras coisas, mas tinha pelo menos suavizado.

Termino o banho e saio do banheiro enrolada na toalha.

Ainda com milhares de pensamentos sobre o que Sam me disse, visto meu pijama e penteio meu cabelo.

Ela estava certa, no começo eu fiz as coisas para ver Lydia bem, mas porque eu sabia da dificuldade da mesma! Não acho que ela teria coragem de fazer tudo aquilo comigo, éramos tipo irmãs.

Me deito na minha cama pegando o controle, ligo a TV e assisto um seriado qualquer que passava.

Me enrolo no cobertor e fico assim até escutar batidinhas na porta.

── Entra ── Digo um pouco alto.

Logo meu pai abre a porta entrando no quarto ficando no meu campo de visão.

── Filha, posso ter um papinho com você? ── Perguntar enquanto escora a porta.

Assinto com a cabeça.

O mesmo se aproxima se sentando na ponta da cama.

── Olha, não sei como dizer isso, faz tempo que não conversamos ── Dá uma risada fraca e logo fica em silêncio  ── Eu não sei o que está acontecendo, eu e sua mãe não ficamos o tempo inteiro com você, "nunca" ficamos, e não porque queremos e sim porque nosso trabalho é puxado e achávamos que você entendia isso, e que estava tudo bem pra você. Você já tá crescendo, na verdade, já cresceu, e foi mais rápido do que eu imaginei! Sinto muito pela gente, não entendemos o seu lado, mas também você não entendeu o nosso, ficamos preocupados com você Mia, ainda estamos. Você não é mais aquela mesma menina alegre de meses atrás, sempre está nervosa, chorado por tudo e se vamos tentar ver o que é sempre acaba em discussão, até porque a sua mãe também é um pouco esquentadinha, você puxou isso dela. Mas, só quero dizer que mesmo ficando o dia todo fora, você pode sempre contar com a gente, somos seus pais, seus melhores amigos, te amamos muito e nunca vamos te julgar por nada. Sua mãe está um pouco chateada um pouco ainda pelas discussões, mas ainda sim quer saber o que tá acontecendo com você e te ajudar com isso, queremos nossa filha de volta, queremos você alegre novamente.

O mesmo termina de falar e fico em silêncio por momentos.

As lágrimas que nem sabia que prendia saiem junto à um nó na garganta.

── Me desculpa, pai ── Me levanto em um pulo abraçando o mesmo que retribui.

── Claro que te desculpo! Eu te amo minha filha, sempre vou está aqui por você, te entender sempre, nunca vou fazer o contrário ── Sinto o carinho nos meus cabelos.

Meu pai deposita um beijo no topo da minha cabeça.

── Se não for muito pra você agora, sua mãe também precisa um pouco da Mia.

Assinto me separando do mesmo.

── Se isso te fazer feliz, e se você ainda gostar ── Diz se agachando de costas na minha frente.

Solto uma risada fraca limpando meu rosto.

Saio da minha cama e monto nas costas do mesmo igual na noite que fizemos aquela programação em família.

[...]

Chego na sala e desço das costas do meu pai com minha mãe nos observando com um sorriso.

Vou até a mesma praticamente correndo e pulo em seus braços.

── Me desculpa, mãe, por favor! ── Choramingo ── Eu não queria ter feito tudo que eu fiz, eu amo vocês! Vocês são os melhores pais que existem. E eu entendo que vocês não ficam tanto comigo assim por causa do trabalho, mas mesmo assim são presentes na minha vida e sempre cuidaram de mim. Eu sinto muito, eu sou uma péssima filha pra vocês, não consigo enxergar os pais maravilhosos que eu tenho.

── Minha filha, tá tudo bem! Você não é uma péssima filha, ao contrário, você é a melhor filha que alguém pode ter! Eu te amo demais e isso nunca vai mudar.






GENTE VOLTEI! Eu estava com bloqueio criativo e isso fudeu tudo.

Amanhã sai 4 eps igual antes se Deus quiser 😨

I'M NEVER FELT SO ALONE

música em inglês hoje, bjos vou mimir

𝖠𝗅𝗅 𝖳𝗁𝖾 𝖦𝗈𝗈𝖽 𝖦𝗂𝗋𝗅𝗌 𝖦𝗈 𝖳𝗈 𝖧𝖾𝗅𝗅 | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora