Capítulo II

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Quando chegamos, fomos separados em duplas:

-Thiago e América. Pedro e Lucas. Mattheo e Marie- anunciava o Sr. Brunner- e por fim... Max e Chris.

Mas que merda? Como que ele me deixou com o oxigenado. Eu fui indignada tirar satisfação com o Sr. Brunner:

-Sr. Brunner...- comecei a questiona-lo.
-Foi o Sr. Reynods que solicitou fazer dupla com a Senhorita.

-Ele. Chris Reynods. Que acaba com a minha vida e a de Mattheo desde que entramos na escola? E o senhor ainda permite?

-A minha querida Max, se as coisas fossem como queríamos acha que eu estaria aqui, sendo professor de Latim?- Eu apenas o encarei, e sai sem responder.

Quando chego em Chris ele puxa meu cabelo me chamando de cenourinha, ah como quero arrancar o cabelo desse loiro falso.

Preciso me conter, já levei uma detenção por isso no 7º ano e no 9º, mais uma e posso ser expulsa. Ficaria feliz de não precisar mais ir para Academia Yancy.

Pena que a vida não é um morango.

Ganhamos uma lista de afazeres, obviamente imaginei que eu teria que resolver tudo, só que com meu leve grau de dislexia (infelizmente mais constante que os pais na Yancy) , era um pouco difícil de resolver tudo sozinha:

-Já fez o que cenourinha? Me dá isso aqui- Chris diz pegando a prancheta da minha mão.

-Quer se pagar de espertinho seu loiro oxigenado? Seus amigos não estão... aqui.-eu disse olhando ao arredores do museu-Cadê..

-..Todo mundo?-chris me completou- imaginei que faria essa pergunta. É realmente incrível até que ponto os seres humanos podem ir para adaptar as situações à sua concepção de realidade.- ele começa a me assustar- estava tão concentrada em querer esmurrar o Chris- ele pigarreia- digo, esmurrar a mim e com os olhares fixos e a prancheta e seu TDAH nem notou o que houve.

- E o que houve?-pergunto em retarguarda, pronta para atacar se for preciso

-Não sou bom com crianças, nem com pessoas. Na verdade, não sou bom com nenhuma forma de vida.

-Eu não sou criança.- resmunguei

-Comparada a mim, você é sim. Como estava dizendo, eu basicamente utilizei magia, não percebeu?- ele tentou parecer superior

-Não lembro direito. Tenho déficit de atenção, cara. Não dá para esperar que eu guarde detalhes.-falei em tom de deboche.

-Na próxima vez que você tentar afogar alguém, primeiro verifique se não é um Deus que sabe nadar-ele disse brincando com a censura nos dedos-Que cara é essa minha pequena filha dos três grandes? Não se lembra do que houve?

-Pequena filha dos três grandes? O que foi que você fumou cara? Tá passando bem? Quer uma água sei lá.

Eu escuto uma porta batendo no fundo da sala onde estamos, era Mattheo e um cavalo com o Sr. Brunner? Calma, o Sr. Brunner era um cavalo? O que foi que eu fumei?

-Tire-a daqui Mattheo.- O Sr. Brunner disse

-Sim, Quíron.- Mattheo concordou e veio em minha direção

-Eu não saio daqui até alguém me dizer o que está acontecendo.- resmunguei- Primeiro esse oxigenado tira todo mundo da sala e fala que eu afoguei ele, aí chegam vocês... assim- eu aponto para o Sr. Brunner- De onde você tirou esse arco e flecha Mattheo? Mano, se eu fumei alguma coisa, eu preciso saber o que foi.

-Max, vem comigo, eu juro que te explico tudo no caminho.

-Eu não vou- Mattheo espirrou um pó em mim- Eu não vou, Eu não.. saio.. daqui...

Acho que desmaiei depois disso, o desmaio durou cerca de 1 minuto. Mattheo nem tinha me tirado da sala ainda.

Acordei com uma onda de ódio passando pelo meu corpo e a energia pairando sob mim.

Irmã dos deuses - A verdade sobre o Olimpo Onde histórias criam vida. Descubra agora