Capítulo X

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Parecia uma sombra, ou uma mulher de terra.

Não era possível ver o que era já que estava meio escuro.

Eu estava com medo eu peguei uma espada.

Eu não tinha usado aquela espada antes, mas mesmo assim eu investi contra aquela leve camada de poeira.

Como eu sou tão burra? Eu atravessei aquela imagem. A porta se fechou nas minhas costas.
Eu comecei a escutar Mattheo gritar:

-Porra! Abre essa porta- eu comecei a gritar- MATTHEO!

Eu estava escutando coisa se quebrando, o medo tomou conta de mim. Percy apareceu:

-Annabeth foi atrás do Léo- eu saí andando em direção ao cais- Max? Onde você tá indo?

-Fica aí e fica longe dessa porta.

Eu comecei a correr e quando cheguei no cais, eu sentia um poder percorrer por mim.

Eu sentia tudo. A água, os raios e a eletricidade, os ventos e até mesmo os mortos.

Eu explodi. Literalmente.

Quando retomei as minhas forças eu estava vendo tudo em segundo plano. Eu me vi caída no chão.
Acordei de verdade em seguida:
-Maaaax.- Percy gritou- você explodiu a porta. Agora eu sei quem era. Eu tentei apunhala-lá mas não saiu como o esperado.

-Quem era?- eu disse ofegante.

-Gaia.
-Mas vocês não tinham acabado com ela?

-Era o que pensávamos, esqueceu que eles são imortais?

Mattheo. Eu esqueci completamente:

-Mattheo. Cadê ele?

-Era isso que eu ia te falar...

-Não. Não não não. Percy, não brinca com isso.

Ele me puxou para um abraço.

-Ele não estava mais no quarto quando eu entrei.- ele pôs as mãos no meu rosto e me fez olhá-lo- Eu prometo. Eu prometo que nos vamos achá-lo.

Eu senti uma descarga enorme de eletricidade. Eu comecei a gritar de agonia. Agora eu tinha acordado pra valer:

-Está vendo minha querida- a voz feminina soava pelo quarto de pedra- é isso o que vai acontecer se não se juntar a nossa causa.

- Você literalmente me mostrou o que aconteceria. Não imaginei que seu cérebro também era de terra. Vovó.

É isso aí, eu era prisioneira de Gaia. Tudo o que houve desde a primeira vez que eu desmaiei no acampamento era mentira e ela me pegou direitinho.

Eu gritei de novo, ela estava usando meu poder contra mim. E me fazendo assistir todos os jeitos que ela podia matar todos os meus amigos.

-Pode me torturar o quanto quiser. Não vai ser fácil assim.

-Ah tem tanta certeza?- ela finalmente apareceu na minha frente e usou uma adaga para cortar minha bochecha. Ela pegou um frasco e coloreou o sangue.

Eu estava presa e muito fraca não podia fazer nada.

Depois de dois minutos, um dos seus horrendos filhos tinha alguém nas costas e o jogou no chão:

-Ou você serve a mim ou eu mato a ela aqui mesmo.- ela apontou para o corpo no chão.

Não conseguia ver quem era direito. Depois de ela me exigir uma resposta umas duas vezes eu pude ver quem era.

Era Annabeth.

Eu não podia deixar que isso acontecesse.

Ela estava acordando e Gaia começou a sufoca-la com a terra sob seus pés. Era agonizante:

-TUDO BEM.- eu gritei- apenas pare de tortura-lá, a vida dela pela minha.

-Max, não faça isso.- Annabeth disse baixo sem forças até mesmo na voz.

-Eu já fiz...

Irmã dos deuses - A verdade sobre o Olimpo Onde histórias criam vida. Descubra agora