Capítulo XX

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Acordei no susto e soquei a pessoa que estava a minha frente:
-Ai. Eu sei que está brava comigo, mas não precisa me bater. Annabeth já fez o serviço.

Quando eu vi que era Mattheo eu lhe dei outro tapa.

Ele abriu a boca para falar:
-Ruivinha...
-Você não tem o direito de me chamar de ruivinha mais. Para você agora é Max. Max Winchester.
-ruiv... Max. Não pode ser assim, você ignora minha existência a mais de um ano. Você me deixa na friend zone a quase 6 anos.
-E isso é motivo de você beijar outra garota?- ele ia começar a responder- isso não é pergunta que uma garota quer uma resposta. Essa pergunta é pra você ficar calado e eu ver que eu fiz bem em escolher Apolo. Ele sim me ama.

Eu senti que iria chorar mas as lágrimas não vieram, pelo contrário elas caíram dos olhos de Mattheo.

Vi apenas uma lágrima antes que ele virasse o rosto e fosse em direção a porta do quarto em que eu estava:

-Eu que decorei para você. O pessoal está te esperando na sala de jantar. - ele saiu batendo a porta.

Ele bateu a porta. Ele bateu a porta na minha cara?!?

Foi aí que eu virei e reparei no quarto. O quarto era espetacular, havia CDs das minhas bandas favoritas. Haviam poster's do Artic monkeys e The Neighborhood. Tinha um manequim com o meu arco e flecha com a aljava. Tinha um armário cheio de roupas novas. E a cama era de casal, o lençol era azul escuro. Minha cor favorita depois do vermelho.
Havia um bracelete para mim no canto da cabeceira:

"Ele pode se tornar o que você quiser, basta pensar. Da sua tocha humana"
Confesso que Valdez consegue me tirar os sorrisos mais sinceros nos piores momentos, mesmo ele não estando por perto

No outro canto do quarto havia uma mesa, e tinha uma estante de livro tomando conta da parede inteira ao lado da cama e entre a mesa de estudos e o guarda-roupa.

Haviam livros como Harry Potter, Maze runner, jogos vorazes, Diversos livros da Colleen Hover, Havia também a saga do povo do ar, os livros de diário de um banana, todos aqueles livros famosos e também livros gregos antigos, alguns eram restaurados, outros eram cópias e haviam 3 que pareciam ser totalmente originais.

Um deles parecia falar sobre o Olimpo, o outro sobre os semideuses e o 3° estava quase totalmente em branco exceto por uma frase no início.
"A melhor história é aquela que não contamos usando palavras garota ruiva. Use esse livro para escrever a sua história. Mas não use palavras, usá-las é totalmente inútil Senhorita Winchester"

Meu coração acelerou, como aquele livro velho sabia meu nome? Devia ser alguma pegadinha dos garotos.

Peguei uma caneta s tentei escrever no livro, as palavras sumiam, sequer apareciam.
Testei a caneta em outra folha, ela funcionava perfeitamente.

Até que virei meus olhos para o livro antigo.
"Eu disse que usar as palavras era inútil." A frase se formara sozinha no livro.

Eu peguei o livro e o fechei rapidamente colocando-o na estante.
Sai do quarto o mais rápido que pude e segui um corredor aleatório.

Havia a plaquinha "sala das máquinas" em uma das portas. Ótimos lugar, e super longe do meu quarto, foi lá que eu entrei.

Eu comecei a abri a porta até que escutei três vozes masculinas. Reconheci como Leo e Mattheo, não fazia ideia de quem era a terceira voz. Era muito diferente para ser de Percy:

-E aí ela me bateu. De novo.- Mattheo quem estava reclamando.
-Você tem que entender que ela está noiva de um Deus, e isso não é uma traição. -era a voz do 3° garoto
-Mas para ela é traição. -Mattheo
-E para você também- Léo disse entre risadas
-Cala a boca fogaréu.
-Você não admite que ela preferiu o meu beijo que o seu.- Leo parou de rir- Você tenta ficar com ela a sei lá... 5 anos? E ela sempre da um jeito de escapar. Aquela sua namoradinha foi para tentar fazer você se esquecer da Max. Você é um idiota.
Eu escutei o barulho de algo batendo muito forte. E a risada de Leo.

Olhei pela fresta, Leo estava sentado rindo no chão, Mattheo havia socado o painel  de controle ( o que aparentemente havia sido bom pois a luz vermelha que reluzia na sala apagou) e o 3° garoto, que percebi que era loiro, tentava empurrar Mattheo para fora da sala.

Eu apenas sai da visão deles quando Mattheo e o garoto começaram a andar em direção a porta:

-O menino é um palito. Se você abraçá-lo você quebra os ossos dele.
-Sai da frente menino raio. -Mattheo disse furioso- eu vou acabar com aquele projetinho de fogo.
-Sabe que ele fez de propósito não sabe?
-Hm?- pelo visto não sabia.
-Ele te provocou de propósito para você bater no painel de controle e arrumar algo que ele queria.
-Eu vou apagar esse foguinho dele já já, você vai ver.

Mattheo saiu andando na direção da parede em que eu estava. Segurei a respiração achando que ele não iria me ver, e pelo contrário, ele me notou:
-Nada não, mas belo soco. O tapa tá ardendo até agora também.- ele disse e saiu andando.

Depois de alguns segundos eu reparei que não havia soltado o ar ainda. Então recuperei o fôlego e voltei o caminho. Vi o garoto loiro em pé no meio do corredor:

-Ah, você deve ser a tal ruiva. A famosa max Winchester.
-Sou eu. E você quem é?

-Eu sou Jason grace. Filho de Júpiter. - o garoto disse com um sorriso nos lábios.

Irmã dos deuses - A verdade sobre o Olimpo Onde histórias criam vida. Descubra agora