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- 𝗖𝗔𝗣𝗜𝗧𝗨𝗟𝗢 𝗗𝗢𝗭𝗘 -
verdadeira vitória

KATRINA
Ainda estou no mesmo lugar da floresta,mas sei que devo ir.Que devo deixa-los.É perigoso ficar aqui com o resto dos Carreiristas por aí e os Idealizadores já devem estar de saco cheio de mim,eles precisam que nós nos afastamos para que eles recolham os corpos com o aerodeslizador.Para entregar os caixões para os Distritos antes que apodreçam.
Antes de ir,abraço um por um,agradecendo por tudo que fizeram por mim e dou um beijo na testa de meu irmão.Era hora de vinga-lo.

A primeira coisa que passa pela minha cabeça é morrer.Pegar uma faca e enfiar em meu próprio coração.
Mas não,não agora.Preciso vingar todos:Kris,Mercy,Alice e Claude.

Eu quero mata-la,mas parece fácil demais para mim.Eu vou fazê-la sofrer primeiro,se arrepender de ter se voluntariado para os Jogos,se arrepender de ter feito isso com Kris.De ter armado para nós.
Eu quero que ela sinta a mesma dor que eu senti quando vi o sangue que sujava toda a camisa de meu irmão.

Havia somente três pessoas nos Jogos Vorazes agora e eu estava sozinha,enquanto Birdie apesar de ferida,ela tinha um aliado.
Bom,não sei quanto tempo durará sua aliança.Ela pode enfiar uma faca nas costas daquele garoto a qualquer minuto,assim como ele nas dela.

Penso no que eu posso fazer.E antes que eu pense onde eles estão,um circulo vermelho começa a fechar a arena.

Sorrio,feliz com os Idealizadores pela primeira vez.A zona se movia lentamente,mas não poderíamos ficar sem nos matarmos até o fim do dia.

Eu havia pegado algumas coisas na mochila dos outros e eu tinha a comida que havia guardado desde o dia da Cornucópia.Eu tinha duas maçãs verdes,uma garrafa de água,três pacotes de bolacha e um pouco bom de carne seca.Alimento suficiente até a noite de amanhã.

Vou até o meio da arena,quase chegando na Cornucópia.Subo no topo de uma árvore alta e vou pulando de uma em uma,para tentar ver a localização dos meus adversários.
Nenhum sinal.

Eu sabia que Birdie estava ferida,eu havia dado um tiro em seu ombro,mas eu não sabia o quanto.Se ela ou seu parceiro tratasse,ela poderia melhorar rápido,mas saber medicina nunca foi o ponto forte dos Carreiristas.
Talvez eles tenham algum remédio,ou algum patrocinador tenha mandado a eles.

Eu sabia que não iria dormir bem essa noite,mas decidi cochilar para evitar a exaustão.Acordo com o hino e o rosto de meu irmão,meu colegas e minhas vítimas sendo refletidas no céu.

Eu escuto um barulho estranho.Uma dádiva vinha até mim.Uma caixa preta presa em um paraquedas dourado.

"Acredito em você.

- F."

Finnick Odair,meu mentor.Nunca acreditei que eu poderia ganhar os Jogos Vorazes,mas agora falhar não era uma opção.
Abro a caixa preta e me deparo com fósforos.Fósforos?Porque Finnick me mandaria fósforos?
Um clarão de consciência me atinge,a gasolina.
Ele deve ter me mandado isso na esperança que me ajuda a montar uma armadilha para eles.E de repente,um plano se forma em minha mente.

Na manhã seguinte,eu acordo cedo.A arena já havia diminuído muito e sua faixa vermelha estava quase grudada em mim.A faixa não iria parar de diminuir até sobrar um.

Escuto gritos perto do de mim,gritos do garoto do Distrito 2.Ele e Birdie estão lutando.Pego o galão de gasolina e verifico a Cornucópia mesmo sabendo que eles estavam longe.

Jogo o líquido dentro do galão em toda a cornucópia e um pouco em sua volta.Assim que termino,escuto o tiro do canhão.

Não sei quem sobreviveu,quem irá lutar comigo pela vitória.Quem quer que seja,parece querer esperar pela noite,já que não aparece.
Subo em uma das árvores mais perto da Cornucópia e espero a noite enquanto como os biscoitos.

Por conta da adrenalina,estou em alerta e por isso,não demora para eu identificar o barulho da grama sendo pisada,os pisos eram leves demais para um garoto.Era Birdie.

Desço da árvore e vou até o meio da Cornucópia,encontrando a garota lá.Birdie estava coberta de sangue,suponho que ele não seja seu.

— Como é que tá seu irmão? — Diz Birdie enquanto mirava seu arco em mim.

— Você vai descobrir logo logo.

Ela atira a flecha e eu dou um salto,dando um giro e desviando da flecha.Pego duas facas amarradas em minha coxa e jogo as duas ao mesmo tempo.Ela desvia de uma mas uma das facas acerta seu braço.
Ela arranca urrando de dor e enquanto ela se contorcia,eu jogo a última faca,acertando seu peito.Ela cai no chão,mas não está morta.

Caminho até ela sem preocupação,ela não poderia fazer nada com aquela faca no peito.A arrasto pelos cabelos e ela debate seus pés e suas mãos no chão.
Tenta gritar mas tudo que sai é um murmúrio baixo,rouco e fraco.A deixo dentro da Cornucópia e a observo.
Era engraçado que agora,a ruiva não parecia nada intimidante.

— Me mata logo. — Ela diz. — Quanto mais rápido me matar,mais rápido voltará para o que sobrou da sua família.

Eu não consigo não gargalhar quando ouço "o que sobrou da sua família".

— Foi bom te conhecer,Birdie. — Digo. — Seria delicioso se no tour da vitória,quando eu passasse pelo Distrito 1,ver o rosto de seus pais acabados pela sua morte,essa que seria a minha verdadeira vitória. — Suspiro. — Mas infelizmente,nessa edição dos Jogos Vorazes não haverá um vencedor.

Vou para a borda da Cornucópia e tiro a caixa de fósforos do meu bolso,os olhos de Birdie arregalam quando eu raspo a ponta vermelha na caixa e jogo no chão.
Primeiro vem o clarão e em seguida,uma explosão me joga para longe.
Sinto uma dor nas costas quando elas batem no chão e cubro os meus ouvidos que zumbem sem parar.

E então,eu apago.

E então,eu apago

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𝗥𝗢𝗦𝗘𝗠𝗔𝗥𝗬 - Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora