Capítulo: 40

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--Raiva não apenas ciúmes – Ela disse indo pegar as roupas que Japa tinha a dado.

--Não precisa ficar com ciúmes já te disse.

Ela pegou no braço de Maya que não esperava e a toalha caiu, Carina não pode evitar de olhar para aquele corpo nu.

--Eu sei, e não me olha assim se não vou te jogar dentro daquele reservado e você não vai sair de lá enquanto eu não matar minha vontade de você. – Maya disse com as bocas quase coladas.

-- Maya não me provoca assim.

A morena já sentia seu sexo pulsando de desejo

--E melhor eu trocar de roupa.

Ela mordeu a orelha da delegada e correu para o reservado com as roupas na mão deixando Carina totalmente excitada.

-- May isso é jogo baixo, não se pode fazer algo assim – Ela disse aproximando-se do reservado.

--Não podemos arriscar a minha chefe é brava, não quero ser punida por transar com minha namorada no local de trabalho. – Ela disse rindo

--Você é uma palhaça – Ela sorriu junto.

--Nossa odeio isso, fiquei ridícula.

Ela disse saindo com uma saia ate o tornozelo e uma camisas de magas compridas.

--Você fica linda de todo jeito, ate parecendo uma irmã evangélica – Ela sorriu.

--Eu já usei tanta coisa que você nem imagina, desde de freira a prostituta, já usei cada roupa que só amando meu trabalho mesmo – Ela disse prendendo os cabelos.

--Adoraria ter te visto na segunda fantasia pode ter certeza que eu gastaria ate meu ultimo centavo – Ela disse aproximando-se de Maya.

--Iria ficar sem dinheiro pois não sou qualquer uma – Maya disse rindo –Eu fui uma prostituta de luxo sabia?

--Imagino, ficaria na total miséria, agora vamos senão eu vou te agarrar

--Calma, assim que largar, MINHA NAMORADA não perde por esperar – Ela frisou o minha namorada

--Humm então você gostou de ser chamada de minha namorada?

--Adorei, fiquei bobinha .

Ela abriu deu um selinho na morena e pegou sua mochila saindo do vestiário.

"Ai ai, Maya um dia você me mata de tesão" – A delegada falou baixinho vendo a loira sair.

 




****

 




--Vamos pessoal está na hora.

--Vamos irmã Maya – Japa disse olhando para a mulher  e rindo – Solta esse cabelo e deixa o vento o espalhar assim ele fica desgrenhado e mais fácil de acreditarem que você é pouco vaidosa.

--Tudo bem Japa.

Eles saíram, Carina queria ir, porem tinha muitas coisas para resolverem na delegacia.

--O Savio disse que estaria nos esperando ali no ponto de ônibus  - Travis apontou para o local e logo viu o rapaz que iria apresenta-los ao grupo religioso.

--Vamos lá Travis, ele chegou, meninos nos desejem sorte. – Eles desceram e foram ao encontro do rapaz.

 




******

 



--E ai estou vestida de maneira certa?

--Está sim Ana, como vocês vão apenas conhecer não será exigida a burca, mais fique ciente que depois será sim exigida de você

--Eu sei, sempre quis usa-la acho que é mais que um sonho é uma vocação – Maya que no desface se chamava Ana falou convincente.

-- Entendo, eu mesmo não pensei que iria gostar tanto dos ritos e tradições dos mulçumanos, hoje será uma reunião de apresentação do credo deles, lá eles explicam tudo referente a religião

--Então é uma forma de evangelização para ampliar a religião?

--É sim Ana, porem eles tem poucas aderência aqui no nordeste e esse grupo apesar de disserem que são de um segmento Sharia eles tem algumas mudanças, não sei nem se os lideres Islâmicos consideram realmente muçulmanos.

--Então eles seriam uma nova religião? – Perguntou Travis que estava sendo chama

--Eu vejo dessa maneira José, lá vocês vão ver.

Ele explicou mais algumas coisas durante o trajeto do ônibus, eles desceram e caminharam mais alguns minutos entrando em uma estrada de terra que dava acesso a um tipo de sitio.

--É grande esse local não é mesmo?

--É sim Jose, não o conheço bem, pois é apenas a segunda vez que venho, mais pelo que eu vi é muito grande, e Ana coloca o lenço pois é uma exigência deles

--Tudo bem – Maya colocou o lenço que estava em sua bolsa.

--Agora aqui nos dividimos pois as mulheres ficam em um grupo separado nos fundo da mesquita e os homens na frente.

Maya e Travis se olharam e se separaram, ao chegar no local Maya viu algumas mulheres muitas delas jovens que pareciam deslumbrada com a ideia dessa nova “Ceita”, logo um homem chegou e começou a explicar com as coisas funcionavam e falou dos deveres e direitos das mulheres que ingressavam na religião, após duas horas de conversa a Maya se retirou com a desculpa de que iria ao banheiro, ela caminhou pelas instalações, entrava nas portas abertas também olhava pelas as janelas que tinha no local, olhou que possuía mais três prédios construídos na área, e quando ia saindo de uma das salas encontrou o amigo de Jack saindo com uma cara brava, logo ela colocou o lenço e abaixou a cabeça para não ser reconhecida

--Ei o que você faz aqui? – Ele perguntou rispidamente

--Eu me perdi senhor estou na sala de iniciação, desculpas.

Lembrou-se que em todo momento foi falado da submissão das mulheres para os homens.

--Tudo bem siga esse corredor e vire a direita. 

Ele falou ríspido e saiu caminhando, depois de mais algum tempo eles deram por encerrado e informaram a próxima reunião, encontrou com Travis e Savio na saída.

--Savio muito obrigada eu adorei, sempre quis fazer parte dessa religião – Maya disse para ele enquanto caminhavam na estrada de terra.

--Não tem que me agradecer, eu pessoalmente não vou vim mais pois nesse terceiro encontro pude ver mais de perto alguns atos deles e não quero me envolver, só digo que tenham cuidado – O rapaz falou temoroso

--Cuidado? É algo perigoso? – Travis perguntou

--Eles são muito radicais, sei lá apesar de eu estar ciente desse radicalismo dos mulçumanos eles são diferente de tudo que já vi, mas sintam-se a vontade para voltarem.

Eles se entreolharam e o Travis olhou novamente para o rapaz.

--Não poderia nos dizer o que eles falaram para você pensar assim?

--Sei lá o homem que falou levantou algumas questões que me fizeram tremer eu realmente não gostei da forma que eles falaram, achei muito extremista, e olha lá o nosso ônibus.

Os outros preferiram não se aprofundar mais para o rapaz não se afastar mais.

--Bem muito obrigada Savio foi um prazer conversar com você – Travis o cumprimentou assim que eles desceram do ônibus

--O prazer foi todo meu.

Ele olhou nos olhos do policial que ficou de certa forma espantado com o gesto.

--Ana foi um prazer também.

Cumprimentou ele com o mesmo aperto de mão, assim que eles se distanciaram eles foram em encontro dos companheiros.

Recomerçar - MARINAOnde histórias criam vida. Descubra agora