Recomerçar - MARINA

Capítulo: 124

--Não posso te dizer que nunca fui feliz, tinha horas que eu era sim esquecia de tudo que minha cabeça e meu corpo me faziam sentir e me abria, mas na maioria do tempo eu me escondia disso tudo, dai me enterrava no trabalho, acho que um dos motivos de eu gostar tanto de trabalhar infiltrada é isso, eu sou outra pessoa, tenho que atuar para os outros e isso eu sempre fiz desde muito nova. – Falava e as lagrimas não cessavam.

--E por que com a delegada é diferente? Por que você não se segurou como fez das outras vezes?

--Não conseguir mãe, desde primeiro momento que eu vi a Carina eu me desmanchei, não sei, foi como se algo que estava trancafiado dentro de mim se libertasse, eu lutei tentei fugir, mas com apenas um olhar dela eu me desmanchava, todas as correntes caiam, isso foi pior de que todso os outros sentimentos que eu sentia antes, agora eu não conseguia esconder e também não sabia lidar com tudo isso, e quando por um minuto eu baixei a guarda e me abrir isso me fez a pessoa mais feliz desse mundo me sentir livre, imensuravelmente feliz. – Deu um leve sorriso.

--Filha eu não entendo nada disso, não posso dizer de uma hora para outra que vou entender, mas quero que você saiba que vou me esforçar muito para isso. – Levantou e pegou na mão da filha que apenas chorava feliz com o que a mãe tinha dito.

--Eu te amo mãe, e prometo que estarei aqui para esclarecer todas as suas duvidas.

--Eu também te amo filha, mas saiba que eu só quero te ver feliz. – beijou a testa da filha.

--Mãe eu sei que é cedo para pedir sua ajuda, mas eu quero contar para o papai, a senhora acha que vai ser muito complicado?

--Não sei exatamente filha, ele tem aquele lado compreensivo para vocês, mais ele pensa igual a mim não acho que vai ser fácil.

--Imagino, mas vou tentar mãe não quero mais me esconder, assim que sair daqui eu vou conversar com ele.

--Você sabe o que faz, agora tenta descansar amanhã logo cedo o medico disse que iria vim te examinar.

--Tudo bem, mãe. – Acomodou a cabeça no travesseiro. – Mãe?

--OI Mah. 

--Eu te amo – Disse fechando os olhos.

--Eu também te amo filha.

Ela ficou um tempo parada olhando para ela e logo notou a filha dormindo, tentou entender se tudo o que estava acontecendo era por algum erro seu ou não seria um erro e sim algo não tão ruim, a senhora revirou a noite naquele pequeno sofá entre pequenos cochilos, logo viu o sol surgir.

--Bom dia. – Viu a morena entrando no quarto.

--Bom dia – Katherine disse um pouco incomodada, porem sem aquela raiva da delegada.

--Ela dormiu bem? 

Aproximou-se e fez um carinho nos cabelos da morena.

--Sim, eu que penei um pouquinho graças a esse sofá minúsculo – Levantou movimentando os braços.

--Bom dia olha a hora do banho – Disse uma enfermeira entrando na sala. – Ela ainda está dormindo? – Disse olhando Maya que não dava sinal que estava despertando.

--Essa ai se deixar dormi ate ás onze da manhã – Carina disse com um pequeno sorriso.

--É a Maya sempre me deu trabalho para acordar e olha que sempre fiz questão de colocar ela para estudar de manhã para ver se ela melhorava, mas não teve jeito.

--Então vou dá banhos nas outras, vou deixar ela por ultimo. 

A enfermeira disse sorrindo e logo saiu empurrando uma pequena mesinha com matérias.