Os dois se passaram, e Soobin ficava cada vez mais distante do Yeonjun, como se o odiasse, mesmo tendo o amado tanto.
Yeonjun sentia uma mistura de tristeza, raiva, ciúmes, tudo que o adoecia e que ele não podia controlar, nem resolver.
Ele se perguntava se toda aquela raiva era só por ele ter ficado com o Beomgyu aquele dia, já que, o relacionamento com o Soobin não acabou com brigas, acabou por conta dos pais dele.
No fundo, sentia falta do efeito que tinha sobre o Soobin antigamente, de como o mais novo o olhava, queria poder voltar no tempo e fazer diferente.
Se pudesse voltar, mesmo com os problemas com os pais dele, não teria desistido, de forma alguma.
Mas agora, não adiantava se lamentar.
Naquele dia, Yeonjun e Soobin acabaram ficando até mais tarde na faculdade, pra resolver algumas coisas. Quando finalmente podia ir embora, Yeonjun entrou no elevador como de costume, para chegar aí andar da saída. Mas, só não esperava que o Soobin entraria logo em seguida, deixando um silêncio estranho.
O mais velho contava os segundos pra aquele trajeto desconfortável acabar, mas, inesperadamente, o elevador parou.
E só tinham eles ali naquele horário, ou seja, ninguém notaria até o outro dia.
— Puta que pariu — o mais velho xingou.
— Isso acontece sempre?
— Não, mas já foi todo mundo embora, a gente vai ficar uma eternidade aqui — sentou no chão.
Após alguns segundos, Soobin respirou fundo e sentou também, sem acreditar na situação que estava.
— Não acredito que eu vou ter que ficar aqui, e com você ainda.
Era inacreditável como o Soobin tinha aprendido a machucar com ações e palavras. Cada vez que conversavam, ele conseguia fazer o Yeonjun se sentir mal, desprezado.
Muitas vezes em que o Soobin precisava de apoio, Yeonjun foi o único que estava lá, e agora, era completamente destratado por ele.
De alguma forma, Soobin começou a fazer com os outros o que seus pais faziam com ele, talvez, como uma forma de defesa.
Talvez, pra não admitir pra si mesmo que ainda tinha sentimentos pelo Yeonjun, e tentava mascarar isso com a raiva.
Mas, sem dúvidas, não era mais o Soobin de antes.
— Por que você me odeia? — o mais novo ficou em silêncio — Você mudou pra caralho, Soobin.
— Eu não mudei, Yeonjun, você que tá acostumado comigo correndo atrás de você.
— Não, eu tô acostumado com o Soobin que eu conheci. Ele era doce, gentil, se importava com as pessoas... — respirou fundo — Eu não te reconheço mais.
— Eu não podia ser daquele jeito pra sempre, eu deixava as pessoas me machucarem.
— Então agora você machuca as pessoas?
Aquilo, com certeza, tinha sido um tapa pro Soobin, que só conseguiu ficar em silêncio, pensando sobre aquilo.
— Eu achei que sentia sua falta, sabia? Mas eu descobri, que o Soobin que eu senti falta não existe mais — continuou.
— Eu só não quero voltar a ser um idiota que fica esperando por você, enquanto você não consegue nem ter o mínimo de responsabilidade afetiva — desabafo — Porra, Yeonjun, você me colocou entre você e o seu ex, quando eu nunca tinha passado por aquilo, você fez um estrago do caralho.
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Eu Disse á Lua [Yeonbin]
أدب الهواةSendo filho de pais controladores e conservadores, Soobin tinha apenas uma companhia: a lua, para quem ele contava seus sentimentos por um garoto da faculdade, Choi Yeonjun. Aos 19 anos, Choi Soobin era o filho perfeito, sempre tirando boas notas, n...