𝘽𝙊𝙍𝙉 𝙏𝙊 𝘿𝙄𝙀 | Depois da morte de sua família, uma garota se vê completamente sozinha e sem chão, só não imaginava que os garotos da banda que criará na infância, a levariam pro auge da fama onde todos faziam de tudo para estar nos holofotes...
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Já estava acordado fazia meia hora, a gente estava relativamente atrasado, fiz a garota que estava em meu quarto sair pela porta de serviço para não incomodar ninguém e aproveitei para comer umas panquecas velhas que Bill fez.
-- QUE NOJEIRA É ESSA NO CORREDOR! -- ouço a voz de Ari gritar do corredor, ignoro e ligo a TV.
-- Deve ser a calcinha de Tom, ele esqueceu de lavar e deixou aí, tá feio pra você irmão. -- Gustav fala provavelmente do corredor, vou para o corredor e vejo uma calcinha no chão, a garota jogou de propósito ou foi acidente, elas sempre "esquecem" algo aqui, Bill diz que é pra marcar território, já Georg diz que é por causa de Ari.
Pego a calcinha nas pontas dos dedos e jogo pela janela. -- Simples e fácil. -- Falo limpando minhas mãos.
-- Da próxima você vá para um motel, não é bacana acordar com uma calcinha de alguma pessoa aleatória no meio da sua casa. -- Ari fala irônica empurrando seu dedo contra meu peito.
-- A calcinha caiu na cabeça de um cara, ele deve ter pegado uma doença das brabas agora. -- Gustav diz rindo olhando pela janela.
-- Cala a boca Gustav -- Bill e Georg que apareceram agora falam junto comigo, fazendo todos rirem.
-- Tá agora calem a boca de verdade e vão se arrumar, não quero me atrasar hoje escutaram princesos? -- Ari diz olhando no fundo dos nossos olhos.
-- Sim sargento! -- Falo fingindo ser um soldado logo a mesma revira os olhos e bate a porta de seu quarto.
-- SUA MAL EDUCADA! -- Georg repete a fala que Ari sempre diz.
-- SEU GROSSO! MIMIMI! -- falo imitando a voz de Ari ouvindo ela ligar o som no último volume.
Ari era complicada pra caralho,muito competitiva, ela adorava ser a melhor em tudo, quer dizer, ela dizia que precisava ser a melhor, quando nos conhecemos através de Gustav ela era uma garotinha um tanto quanto excêntrica a gente se deu muito bem mas teve um dia que ela me "pegou" enfiando a cabeça de um garoto dentro do lixo, no caso era um amigo dela, não fui eu que coloquei o menino no lixo, estava tentando ajuda - lo a sair de lá ela me deu um olho roxo e um chute nas bolas de presente, resolvi levar a culpa, era melhor que ela não soubesse quem realmente causava o caos na escola, desde então a gente se detesta, as vezes conseguíamos ter uma conversa decente, mas no final ela era minha família, a gente se suportava e iria continuar se suportando.
Todos estávamos no carro que levaria a gente até a emissora que passaria o programa que a gente iria estrelar hoje, tinham dado um roteiro pra ter noção do que a gente ia falar hoje, só para não sair falando merda.
Eu estava comendo uma pipoca, Georg estava babando no ombro de Gustav, Bill e Ari dividiam um fone.
-- Da pra você comer de boca fechada? Parece que está comendo comida de porco! -- Arianna fala pra mim séria, ela ficava engraçada séria, ela quase nunca ficava assim, sempre estava com um sorriso no rosto parecia que nunca tinha ouvido falar em tristeza, prefiro quando ela está assim do que com a cara que está agora, parece que vai enfiar o pacote de pipoca pela a minha guela.
