𝗕𝗼𝗿𝗻 𝗧𝗼 𝗗𝗶𝗲 | Tom Kaulitz

021

19:30 |1998 | Leipzig, Alemanha

" Diabo vai assistir você queimar
Para os maus, você sabe quem você é. "

Visão do Narrador.

-- Fique longe de problemas, Tony, não quero ver você tão cedo por aqui. -- Diz sutilmente a enfermeira de Santorini Hill, uma clínica de reabilitação para jovens com problemáticos, a maioria viciados em droga, alcoólatras, até suicidas.

-- Não vai, Senhora Klum. -- O jovem Anthony diz em resposta a sua enfermeira predileta, e abre a porta da saída. -- Diga a Zoa que qualquer dia desses irei visita-lá. -- Olha para trás recebendo um sorriso da senhora.

Ele coloca os pés para fora do local respirando fundo enquanto sentia a brisa juntamente com neve bagunçando seus cabelos, parecia que havia passado uma eternidade naquele local, para um garoto de 14 anos aqueles mêses que passaram-se dentro daquele lugar foram.

Caminha pelas ruas vazias e frias de Leipzig em busca do que ele mais queria assim que pisou para fora de Santorini Hill. Seus pais? Sua irmã? Seus amigos? Não. Drogas.

O loiro finalmente chegou até um beco escuro com apenas uma porta no final dele, o dono daquele lugar tinha diversas mansões, ele só usava aquele buraco porque era ali que os viciados ficavam. Ele bate na mesma adentrando sem esperar.

-- Você é corajoso, garoto. -- Uma voz grossa soa no escuro. -- Sabe que está me devendo 800 mil, não sabe? -- Um homem de barba e cabelos ruivos, músculoso, e com tatuagens espalhadas pelo corpo todo surge do escuro de onde vinha a voz, seguido por provavelmente seu irmão, um garoto ruivo que aparentemente tinha por volta de seus 14 anos.

-- Eu vou te pagar, só me de um tempo, cara. -- Anthony diz incerto. -- Olha cara, eu preciso de mais. -- Ele diz após alguns instantes de silêncio.

-- Fala sério, você acabou de sair da reabilitação, Anthony! -- Dessa vez o ruivo mais novo que diz. -- Sua família está te esperando.

-- Não tem ninguém me esperando. -- Anthony diz dando uma risada nasalada cheia de dor. Infelizmente essa era a realidade do garoto, pelo visto ele não foi forte o bastante e sucumbiu as drogas.

-- Bom, que pena. -- O ruivo músculoso agarra o loiro pelo colarinho o prensando na parede e o aponta uma arma. -- Eu não me importo se é um pisicopatinha viciado, só quero oque é meu, escutou 'seu merdinha?

-- Porfavor, Killian. -- O viciado súplica.

-- Se não aparecer com o dinheiro até amanhã o chefe vai atrás de você, e irá arrepender profundamente. -- O traficante fala largando Anthony.

-- Até amanhã!?! Qual é, cara? Vocês me conhecem desde os meus 10, Porra. -- Anthony diz nervoso se aproximando do homem enquanto intercala o olhar entre os dois ruivos.

-- São negócios, Tony. -- O mais ruivo novo diz.

-- Olha aqui eu preciso. -- O Carter implora com a voz arrastada segurando o ombro do homem que o ameaçou com uma pistola.

O mesmo tira as mãos de Carter de seu ombro agarrando seu colarinho novamente e o joga para fora do estabelecimento com brutalidade.

O que aconteceria com o pobre e desolado Anthony Carter?