Marotos : Uma Nova Vida

9 - Apenas Jegulus.

aviso: esse capítulo terá duas músicas principais :
I wanna be your slave — Måneskin (primeira parte do capítulo)
That's the way I loved you — Taylor Swift (segunda parte do capítulo)
Boa leitura!!!

— Reguluss! Olha o que eu aprendi em francês! — James sorriu orgulhoso assim que Regulus pousou o livro e olhou para o garoto que ainda não era seu namorado. — Je veux être ton esclave, je veux être ton maître. Je veux faire battre ton cœur comme des montagnes russes. Je veux être un bon garçon, je veux être un gangster. Parce que tu peux être la Beauté et je peux être le Monstre. — James sorriu maliciosamente para Regulus que ria.

— Quer que eu fale a tradução em voz alta? — James assentiu. — Eu quero ser seu escravo, eu quero ser seu mestre, eu quero fazer seu coração bater mais rápido que uma montanha russa. Eu quero ser um bom garoto, eu quero ser um gangster, por que você pode ser a Bela e eu posso ser o Monstro. — Regulus riu — Você literalmente contradisse tudo.

James riu, e Regulus se apaixonava cada vez mais naquela risada que só se ouvia quando eles estavam falando ou estudando francês.

— Você não pode contradizer tudo o que diz, Potter.

— Talvez eu possa, talvez não. — James se levanta e se abaixa para dar um selinho no mais novo que virou a cabeça.

— Ainda lembro que você ficava me provocando no 6° ano com a "Liriozinho". Tô mal.

— Credo, deixa isso pra lá, ela é lésbica.

— Mas você não. Você pode me trair em qualquer momento, Potter.

— Você acha que eu faria isso? — Regulus olhou para ele. — Você acha?

— Não... Desculpe.

— Tudo bem. Você tem motivos.

Regulus suspirou e voltou a ler seu livro. E por ali eles ficaram, sem se falarem durante pelo menos uma hora.

— Gatinho..? — James disse para quebrar o silêncio.

— Hm? — Regulus murmurou olhando para as páginas acastanhadas de seu livro.

— Desculpa.

— Por? Isso aconteceu a anos, eu tava brincando, Prongs.

— Mas... eu te provocava por um motivo específico. — Regulus tirou os olhos de seu livro focando-os no garoto a sua frente sentado em umas pedras. — Regulus... Naquele momento, naquele exato dia 21 de setembro de 1975 eu soube.. eu te amava, mais que tudo. E eu ainda te amo, não só pelo seu ar carismático mas também porque você demonstra tantas emoções quando você me beija e... — James, que até então estava gesticulando com as mãos e estava super nervoso, foi  interrompido por um longo beijo vindo do mais novo dali. — E... E eu soube que a partir daquele momento, eu queria você pra mim. — James concluiu com as bochechas levemente avermelhadas e os cabelos um pouco bagunçados por conta do vento.

— Não precisa falar mais nada, é passado, Jamie. Eu também te amo, há bem mais tempo do que você pensa. Eu te ignorava, não por ódio, mas sim por ciúmes. Eu tinha ciúmes seus desde o segundo ano porque eu queria você pra mim, eu queria que você fosse meu.

— Oh Reggie... — James o abraçou e começou a chorar — como eu pude ser tão... tão idiota a ponto de não perceber isso?

— James, você não é idiota. — Regulus sorriu acariciando os cabelos do mais alto. — Você não sabia, assim como eu não sabia que você fazia aquilo porque gostava de mim.

— Reggie.. eu fui idiota sim. Eu te amei por tantos anos e... mesmo assim eu fui atrás da Lily apenas para ela me decepcionar de propósito. Eu sentia falta..

Regulus o olhou com um olhar curioso enquanto James ainda chorava em seu ombro.

— Eu sentia falta das brigas e os seus olhos penetrando nos meus, eram 2 da manhã e eu estava xingando seu nome. Estava tão apaixonado que agi sem pensar, e é desse jeito que eu te amo.

Regulus corou e sorriu, eles estavam se declarando, literalmente se declarando após uma pequena briga que haviam tido. Oh como ele esperou por isso, como ele esperou.

— James... o que nós somos?

O mais velho se levantou limpando os olhos e sorrindo. James apontou para o anelar e mesmo sem dizer uma palavra Regulus entendeu na hora e ficou tão vermelho que sentiu que iria desmaiar.

— Você... Você tem certeza?

— Meu amor, eu tenho certeza de tudo nessa vida, eu sou da Grifinória. — James deu um beijo na bochecha de Regulus.

— Lembra daquela noite... no meu 6° ano.

— Como esquecer?

— Idiota... Eu te amo, James.

— Eu também te amo, Regulus.