11- Confusões no Orfanato Bruxo

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— Muito boa tarde, senhores. O que desejam? — A recepcionista disse olhando descaradamente para James, o que deixou Regulus desconfortável.

— Boa tarde. Estamos procurando uma criança, que eu saiba isso é um orfanato. — Regulus cuspiu as palavras com um semblante inexpressivo e a atendente revirou os olhos e sorriu cínica.

— Certo, por aqui, fazendo o favor.

Eles seguiram a atendente e foram para uma sala colorida onde tinha montes de crianças, Regulus sorriu sem mostrar os dentes e olhou para James.

— Então, você escolhe, amor? — James perguntou olhando a cara feliz do namorado.

Regulus assentiu e a moça da recepção chamou a atenção das crianças.

— Muito bem, meninos, venham todos aqui em fila. — As crianças assim o fizeram. — Quero que cada um se apresente de maneira ordeira.

Algumas crianças se levantaram, mas nenhuma tinha chamado tanta atenção de Regulus e James como um pequeno garoto de cabelos acastanhados e olhos verde esmeralda com uma cicatriz em forma de raio em sua testa.

— Qual seu nome, garotinho? — James perguntou olhando com um sorriso amigável no rosto para o pequeno citado acima.

— Harry, senhor... — O pequeno disse com receio, nunca recebera atenção de ninguém como estava recebendo agora.

— Harry, você está aqui no orfanato há quanto tempo? — Regulus perguntou se abaixando na altura do menor.

— Eu tenho 6 anos... Eu estou aqui desde que eu tenho 1... — O garotinho respondeu simples e ainda com receio.

— 5 anos é muito tempo Jamie...

— Eu sei, Reg... Ei, Harry, você se importa de ter dois papais? — James sorriu e Harry automaticamente arregalou os olhos e sorriu. — Você ia gostar de ter dois papais? — Harry concordou com a cabeça e James olhou para Regulus que estava contendo a felicidade, porém sorrindo.

— Nós vamos levar o pequeno Harry. Onde é pra preencher os papéis? — Regulus disse para a moça que estava sorrindo para James. — Desculpe, vou ser mais claro, caso você não tenha entendido, eu e o meu namorado vamos adotar o Harry, onde é para preencher os papéis? — Regulus se segurou para não dizer nenhum palavrão o que estava sendo quase impossível, já que a atendente estava literalmente se atirando para James.

— Oh certo, desculpem. Aqui por favor. — Ela fechou a cara e entregou dois papéis para Regulus que os assinou rapidamente e pegou nos documentos de Harry.

— Harry vai lá pegar suas coisinhas. — James sorriu sem reparar que a atendente estava flertando com ele a mais de meia-hora.

Após o pequeno Harry pegar as coisas, Regulus o pegou no colo e James agarrou as coisas do pequeno e o levou para o carro de Sirius e Remus.

— Voltámos, Harry, esse aqui é seu tio e seu padrinho, Sirius. — Regulus disse sorrindo ao irmão.

— Oh meu deus! Ele é tão bochechudo! — Sirius o pegou no colo e sorriu. — Oi pequeno Harry..

Harry sorria timidamente e não respondeu com palavras, apenas abraçou Sirius e logo depois Remus que se assustou com o toque repentino.

— Qual o seu nome, pequeno? — Remus disse ainda abraçado com Harry.

— Harry, e o seu? — Harry perguntou sorrindo para as cicatrizes de Remus. — Nós somos iguais! Você também tem cicatrizes. — Remus sorriu levemente.

— Pode me chamar de tio Moony, pequeno..

A viagem para casa foi tranquila. O pequeno Harry brincava com todos ali e dizia coisas aleatórias sobre sua vida no orfanato.

— Maninho, que cara de emburrado é essa? — Sirius disse para Regulus.

— Foi a atendente, só que o James é lerdo e não percebeu. A atendente ficou flertando com ele e eu tive que dar uma pequena lição verbal nela. Ela nem deve tratar das crianças direito. — Regulus bufou irritado o que fez Harry sorrir e gargalhar e Regulus em seguida soltou um sorrisinho.

— Ela tava? Nem vi. — Regulus revirou os olhos e suspirou.

— Harry, aquela cob- quero dizer... Aquela moça cuidava bem de você? — Regulus pegou o menor no colo e ficou brincando com os dedinhos dele.

— Ela uma vez me atirou contra a parede... Mas não foi nada de mais.

— Por que ela te atirou para a parede, meu bem? — Regulus disse preocupado.

— Ela tava irritada, acho que o antigo namorado terminou com ela. — Harry se virou e mostrou as costas que ainda estavam um pouco raladas.

— Que... Ela só fazia isso com você?

— Sim, ela dizia que eu era o escolhido e precisava morrer. Era tipo uma brincadeira.

— Merlim... Você não é o escolhido Harry, isso é uma coisa muito perigosa.

(Quebra de tempo 5 anos depois)

— Hazz, acorda, você vai se atrasar para ir pra estação. — James disse encostado na porta do quarto do menor.

— Já vou pai! Espera... A ESTAÇÃO! — Harry se apressou e vestiu o manto dos iniciantes juntamente com o seu chapéu e arrumou o seu malão rapidamente, em seguida desceu, quase atropelando James, e deu um beijo na bochecha de Regulus.

— Garoto! Toma cuidado, vai cair desse jeito.

— Desculpa, pai, eu tô animado pra ir pra Hogwarts. Vai ser tão... Tão legal! Eu posso acabar sendo igual você e aos marotos! Com exceção do Peter.

— Harry, come, filho, eu vou com você para a estação. Seu pai tem que ajudar nas missões da Ordem. — Regulus disse bebendo um copo de chocolate quente. James se esgueirou para trás dele e o abraçou por trás colocando as mãos na cintura dele e os lábios em seu pescoço.

— Eca! Vão pro quarto. — Harry riu e se levantou pegando no malão. — Que horas são? — Regulus mostrou o relógio para ele que indicava 09:00. — PAI! VOCÊ FALOU QUE EU ESTAVA ATRASADO!

James gargalhou e deu um beijo na testa do filho. Pegou seu casaco e foi em direção a Regulus, deixando alguns selinhos em seus lábios e logo em seguida saindo para ir ter com a Ordem.

— Vamos? A gente aproveita e come algo por lá.

— Vamos!! — Harry disse animado pegando seu malão de novo e indo em direção a porta.

Assim que chegaram ao Beco Diagon-Al, Regulus estava procurando um lugar para levar Harry que estava com a mão apertando a mão do pai mais novo.

— Oh meu deus! É você mesmo? — Alguém disse para Harry que acenou desconfiado. — Eu, eu sou o professor Quirel, eu vou ser seu.. seu professor de defesa contra as artes das trevas.

— Quirel, larga meu filho. Sei muito bem das suas intenções como professor, ou você pensa que eu me desliguei completamente do mundo? — Regulus foi extremamente grosso com o professor que ergueu a cabeça para ele e sorriu cinicamente.

— Ora, Black, nem te reconheci, como vai sua mulher?

— Mulher? Pai, você tem uma mulher? — Harry perguntou confuso e Regulus sorriu ao menor.

— Não, Hazz, eu não tenho mulher, eu tenho seu pai. — Fez uma pausa e olhou de novo para o professor — E Quirel, eu me casei com James Potter, não foi com mulher nenhuma. Agora se me der licença tenho mais o que fazer. — Puxou Harry de leve e saiu andando. — Hazz, não dá muita confiança para esse professor, ok? A sua sorte é que eu também vou ser professor em Hogwarts.

— Ok pai! — Harry sorriu e saltitou junto de Regulus que ria da animação do pequeno.

Assim que eles chegaram à estação Harry e Regulus atravessaram a parede e foram para o Expresso.

Marotos : Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora