13 - Ele é bonito.

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Dois anos se passaram, Harry estava com 13 anos e estava no 3 ano em Hogwarts. Seu pai, Regulus, continuava sendo professor e seu tio Lupin entrou para defesa contra artes das trevas.

Harry estava desesperado, precisava falar com Hermione urgentemente.

— Hermione!! — Harry disse assim que a encontrou.

— Sim, Hazz? Algum problema? — Hermione disse enquanto parava de repreender o Ron por ter batido no Bichento.

— A sós, desculpe Ron. — O garoto ruivo assentiu revirando os olhos e saiu dali. — O Malfoy deveria considerar isso um elogio por estar falando com todos em Hogwarts, menos com ele. — Harry suspirou — Ele deveria pensar na consequência de campo magnético sendo um pouco forte demais. Eu odeio tanto ele. Ele arruinou minha vida por não conseguir ser meu... E eu estou tão furioso! Furioso com ele por me fazer sentir desse jeito. Mas o que eu posso dizer? Ele é bonito. — Harry olhou para Hermione que o olhava com um sorriso sugestivo no rosto.

— Você gosta dele.

— Não! Hermione, não! Somos rivais.

— Não foi uma pergunta Harry, foi uma afirmação, você gosta dele.

Harry a olhou confuso e depois entendeu que a intuição da amiga talvez estivesse certa.

— O que eu faço? Hermione eu não sei, isso é tudo meio novo pra mim.

— Tenta... Tenta conversar mais com ele e desfazer essa rivalidade infantil de vocês dois. Vai por mim, fiz isso com a Parkinson e deu super certo, agora somos amigas, digamos assim.

— Você é a melhor! Obrigada Mione! — Harry a abraçou e saiu correndo até a sala dos professores em busca de seu pai ou seu tio.

— Aonde o senhor pensa que vai? — Harry encontrou o professor Snape no corredor e apertou o botão do dispositivo dado para ele no 1° ano.

— Se eu fosse você, Severus, ficaria longe dele. — Regulus apareceu ali e ficou do lado do Harry.

— Você teve sorte de também ser pai dele, se fosse por mim, esse garoto nem filho dele seria. — Severus fez uma pausa — Pelo menos ele é sangue-puro — concluiu.

— Vamos, Hazz. — Regulus saiu andando com Harry até o escritório de Lupin. — Moony? Podemos entrar?

— Claro! Entrem. — ele se levantou e abraçou Harry.

— Oi tio!

— Olá, pequeno, sentem-se.

Assim eles o fizeram e Harry se levantou assim que Lupin se sentou.

— Certo... Eu não sei muito bem como explicar. Eu acho que o Malfoy deveria levar como um elogio que eu falei com, literalmente, todas as pessoas de Hogwarts, menos com ele! — Regulus sorriu encarando o Lupin que também sorriu. — Houve um dia que eu e ele ficámos de detenção. Ele deveria ter pensado na consequência de ter tocado na minha mão naquela sala escura! Pai é sério! Se ele tiver namorada, eu tenho ciúmes dela. Mas se ele estiver solteiro é honestamente pior... Porque ele é tão bonito que até dói! — Harry suspirou choramingando enquanto Regulus e Remus riam.

— Eu e seu pai éramos iguais em pequenos, na sua idade inclusive. Relaxa filho, qualquer coisa me manda uma carta. — Regulus disse e beijou a testa do filho, o deixando somente com Lupin no cômodo.

— Harry, você está atrasado pra sua aula.

E após aquela frase ele saiu correndo desesperado para sua sala e entrou sem que o professor percebesse.

— Muito bem, estão todos presentes?

— Professor! — Malfoy levantou a mão e o professor lhe deu a palavra — Acho que o Potter chegou um pouco atrasado. — Ele sorriu sacana e olhou para Potter.

— Senhor Potter? É verdade?

Antes que Harry pudesse responder uma garota de cabelos loiros com um cropped de couro preto e alguns piercings na boca entrou na sala e foi diretamente até o Harry.

— É bom voltar a vê-la senhorita McKinnon.

— Olá professor Flitwick! Bom vê-lo novamente também, estamos com um probleminha, teria possibilidade de eu levar o senhor Harry para fora da sala por uns momentos?

— Sem problemas, continuarei a aula enquanto vocês estiverem fora da sala, mas sejam rápidos por favor.

A garota loira levou Harry para fora da sala recebendo olhares de toda a classe.

— Harry, prazer, eu sou Marlene McKinnon. — Estendeu a mão para o garoto levemente menor que ela. — Sou uma amiga do seu pai, vocês são muito parecidos, nem acredito nisso, como que você é adotado?

— Ah... Olá Marlene! — Ela sorriu.

— Era só pra te conhecer mesmo! Depois eu vou ter que resolver uns assuntos com o seu pai mais novo, eu meio que tirei a inocência de uma das melhores amigas dele... Enfim, longa história! Te vejo por aí mini Potter. — e com isso ela saiu e Harry voltou a entrar na sala.

— Potter! — Malfoy sussurrou entregando uma espécie de avião de papel para ele o deixando extremamente confuso. Assim que ele se sentou, abriu o papel.

"Potter,
Precisamos conversar, me
encontre na sala precisa.

— D.L.M"

Nem a pau que ele ia. Ok ele iria sim.

Após todas as aulas, a curiosidade de Harry estava a mil, ele vestiu um moletom cinza e uma calça jeans preta junto de uns all stars brancos e ele rapidamente se dirigiu à sala precisa.

— Harry, o que está fazendo aqui?

— Tio Moony, eu.. eu preciso encontrar a sala precisa.

— Você está bem na frente dela, boa sorte. — Lupin piscou e foi embora.

Harry olhou para a parede e logo alguns segundos depois apareceu uma porta enorme onde Harry entrou.

— Vejo que você apareceu, Potter.

Quando Draco se virou, a mente dele era simplesmente sobre aqueles olhos esmeralda que acabavam com ele.

“Olhos esmeralda, olhando nos meus, eu sinto que eu poderia, sei lá! Afundar, me afogar e morrer.”

— O que você quer, Malfoy?

Draco sorriu e se sentou no sofá atrás dele. Harry se aproximou levemente e o olhou.

— Se não falar nada e só ficar com esse sorriso que dá vontade de te esganar, eu vou embora.

— O que acha que fazermos as pazes?

— Tá viajan... — De repente a voz de Hermione se fez presente na mente de Harry e ele repensou nas palavras que iria dizer. — Vou pensar sobre, te dou a resposta amanhã depois da aula de poções. — Harry disse tudo aquilo sem olhar pra cara do loiro.

“Ele é tão bonito, eu não conseguiria dizer nada na cara dele... olha pra cara dele!”
O que Harry poderia fazer? Ele é bonito.

Marotos : Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora