A Menina que Falava ao Vento

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No ápice do outono, quando todas as folhas haviam caido, sobre a mais alta montanha, em cima da última pedra, a garota disse ao vento:
-Vento, vento, vento! Oh, se és tão poderoso assim, traga-me a cura para minha doença!
Ela inspirou e expirou e o vento não lhe deu a cura.
Então repetiu várias vezes clamando ao vento.
Ao anoitecer, chateada, ela voltou para sua casa, pois o vento não lhe trouxe a cura.
Sua família não cessava esforços. Havia ido em todo lugar, consultado todos os médicos, mas nenhum tinha uma resposta para a doença da menina.
Por consequência da doença, infelizmente, a garota ficou cega de um olho, mesmo assim isso não a impedia de ir clamar ao vento:
- Vento, vento, vento! Óh, se és tão rápido assim, traga-me minha cura!
Inspirou e expirou por várias vezes e o vento não lhe
trouxe a cura.
Um dos médicos sugeriu um tratamento, onde acelerou ainda mais a doença da pobre garota.
Sobre a cadeira de rodas, sem os movimentos dos membros, a garota clamou a seu pai que a levasse a
montanha por uma última vez.
E sobre a mais alta montanha, em cima da última pedra, a garota suplicou com dificuldade ao vento:
- Vento, vento, vento... Oh, se és tão poderoso e rápido assim, traga-me minha cura uma única vez!
Ela inspirou e expirou, e sobre a mais alta montanha, em cima da última pedra, rapidamente a garota adormeceu no sono da morte.
E pela primeira e última vez o vento atendeu ao seu
humilde pedido...

Lágrimas de uma noite sem fimOnde histórias criam vida. Descubra agora