Acordei perdido em um limbo,
Limbo que eu mesmo criei,
Mas só descobri isso depois,
Achei que fosse o destino,
Mas não, era só mais um caminho.Caminhei de olhos fechados,
Até que fiquei preso,
Galhos amarraram minhas mãos,
Descendo das árvores com peso.Meus pés afundaram lentamente,
Naquele solo instável e profundo,
Cada vez mais afundando,
Meu mundo ficou difuso, vagando.O movimento para baixo era constante,
Minha garganta apertando, sufocante,
Recusei abrir os olhos e enxergar,
O que há muito já deveria aceitar.No último suspiro, decidi acordar,
Abrir os olhos e encarar a situação,
Respirei fundo, com toda força,
Libertando-me da escuridão.Puxei os galhos com determinação,
Meu corpo começou a subir,
Joguei a terra, me libertei,
De uma noite sem fim, enfim, sorri.Não mais fecharei os olhos,
Meu dia será apenas dia,
Sem espaço para lágrimas,
A luz da vida, a alegria....
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lágrimas de uma noite sem fim
PoesíaQuando a lua desliza pelo céu e traz consigo a noite, uma transformação mágica ocorre dentro de mim. Meu ser é inundado por uma enxurrada de palavras, como se fossem ondas ansiosas para serem expressas. Essas palavras ganham vida, manifestando-se em...