O fim da noite

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Acordei perdido em um limbo,
Limbo que eu mesmo criei,
Mas só descobri isso depois,
Achei que fosse o destino,
Mas não, era só mais um caminho.

Caminhei de olhos fechados,
Até que fiquei preso,
Galhos amarraram minhas mãos,
Descendo das árvores com peso.

Meus pés afundaram lentamente,
Naquele solo instável e profundo,
Cada vez mais afundando,
Meu mundo ficou difuso, vagando.

O movimento para baixo era constante,
Minha garganta apertando, sufocante,
Recusei abrir os olhos e enxergar,
O que há muito já deveria aceitar.

No último suspiro, decidi acordar,
Abrir os olhos e encarar a situação,
Respirei fundo, com toda força,
Libertando-me da escuridão.

Puxei os galhos com determinação,
Meu corpo começou a subir,
Joguei a terra, me libertei,
De uma noite sem fim, enfim, sorri.

Não mais fecharei os olhos,
Meu dia será apenas dia,
Sem espaço para lágrimas,
A luz da vida, a alegria.

...

Lágrimas de uma noite sem fimOnde histórias criam vida. Descubra agora