Capítulo 11

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VINSMOKE SANJI

— Aí, aí! — Zoro reclama.

— Para de reclamar!

Ajudo ele a esticar a perna novamente e o vejo resmungar e gemer irritado.

— Estou fazendo alguma coisa errada por acaso?

— Infelizmente, não — diz.

Reviro os olhos e seguro sua perna esticando ela aos poucos. Zoro conta os segundos de forma calma e eu volto a dobra-la, toco seu abdômen quando vi ele respirar rápido demais. Coloco minha mão sob seu joelho e empurro sua coxa novamente. Inclino meu corpo sob o seu e encaro seu rosto por um tempo.

— Respira direito! — ordeno.

Foram pelo menos duas horas de exercícios passados por Galatte e que eu o ajudei. Faltam apenas alguns dias para o Natal e Zoro já está quase recuperado. Eu acho isso totalmente fora do comum, já que ele ficou internado por poucos dias e sua recuperação é rápida demais.

— Ei... hum... — ele me chama e parece tentar dizer algo, me viro para ele após terminar de fazer um lanche para ele.

— O quê é?

— Está ocupado demais hoje?

— Não como ontem — explico — Por quê?

Ele espeta um pedaço da fruta que estava em pote.

— Tem algum compromisso para as 15:00 horas?

— Vou me encontrar com Pudding ao meio-dia — explico — mas acho que não vai durar até as 15:00 horas.

— Certo... — concordou, Zoro pega um papel e uma caneta estavam em cima da bancada, ele escreve alguma coisa e me entrega — vá para esse local as 15 horas da tarde.

— Por quê?

— Vou... ensaiar para a abertura de inverno — explica — preciso de alguém de confiança para estar lá caso eu me machuque sem querer, o que é pouco provável.

— E... Eu sou de confiança?

— Ainda pergunta, cozinheiro idiota?

Olho para o papel em minha mão e sorri levemente o guardando na capinha do meu celular.

— Toma — ele me joga uma chave de carro com controle azul — Pode usar ele por um tempo.

— Seu carro?

Um dos meus carros — corrige, pegando o sanduíche e saindo da cozinha.

***

Olho pela janela do café em que estou e observo a neve cair tranquilamente pela rua.

— Aqui está — escuto uma voz e o som de xícara sendo deixada em cima da mesa.

— Ah, obrigado! — agradeço ao rapaz loiro com uma cicatriz no olho.

— De nada — ele sorriu e me observou por um tempo, franzi a testa e tento disfarçar o incômodo que isso causou, tomo um gole do café que pedi — pintou o cabelo de novo?

— Ahn? — pergunto o olhando confuso — Eu nunca pintei meu cabelo.

— Não estava azul? — pergunta um pouco sério.

— Ah! — exclamo surpreso, ri um pouco vendo ele erguer uma sobrancelha — Você deve estar falando do Niji — explico e ele franziu a testa parecendo desconfiado — Eu sou o Sanji.

Sanji, é?

— Pois é — ri nervosamente com medo dele não estar acreditando, pego meu celular e mostro uma foto minha e dos meus irmãos no ano novo.

COLD NIGHTOnde histórias criam vida. Descubra agora