Para Sanji, sua vida era perfeita.
Sua rotina sempre foi a mesma desde que terminou os estudos. Acordar, tomar café, ir trabalhar em um salão de beleza o qual era contratado há anos, logo em seguida ia até o Baratie um imenso e renomado restaurante...
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Niji batia o pé no chão diversas vezes para tentar aliviar a ansiedade e raiva que toma conta de si. Ele estava parado do lado e fora de casa com os braços cruzados e uma carranca no rosto. Sua mão tremia segurando o celular e procurando alguma resposta do namorado.
— Filho de uma... — ele cortou o xingamento e respirou fundo após se lembrar que Sabo odiava que xingasse a "mãe" dele.
Ele desceu as escadas de casa assim que escutou o portão abrindo e a BMW X7 preta e fosca adentrou a garagem. Niji ainda se lembrava de como se sentia irritado com a forma que seu namorado ostentava o próprio dinheiro com apenas um carro. Com passos duros e irritados, ele agarrou o namorado pelo casaco assim que ele saiu do carro.
— Onde caralhos você estava?!
Sabo quase teve uma parada cardíaca com o susto, mas logo relaxou e ergueu uma sacola mostrando algumas embalagens nela e oferecendo um sorriso adorável para o namorado.
— Você disse que estava com vontade de comer yakisoba, então eu fui no restaurante preparar já que aqui em casa não tinha os ingredientes — o loiro explicou, puxando o namorado para mais perto — Eu te assustei? — perguntou — Desculpa, não queria te deixar preocupado.
Niji não respondeu nada, apenas apertou a jaqueta preta do loiro com mais força respirando fundo o perfume inebriante do rapaz. O azulado continha algumas lágrimas nos olhos e fazia o possível para não deixar elas escaparem.
— Vem, vamos comer — ele chamou, puxando o namorado pela mão e o levando até a porta da casa que já estava aberta — Estava muito frio lá fora — comentou tirando o casaco — você não se resfr-
Sabo travou ao ver o vaso novo que Niji havia feito totalmente quebrado. O azulado encostou a cabeça nas costas do mais velho e suspirou apertando as mãos no suéter dele.
— Desculpa...
O loiro espantou o choque e logo sorriu novamente, se virando para o namorado vendo o rosto vermelho de Niji e os olhos azuis repleto de lágrimas que ele não deixaria escapar. Sabo se abaixou, beijando as maçãs do rosto de Niji e espalhando doces selares em sua pele pálida.
— Tudo bem — sussurrou — Você pode fazer um ainda mais bonito.
Niji encostou o rosto no ombro do namorado, ficando em silêncio.
— Vem, vamos comer!
— Vou limpar aquilo...
— Eu limpo depois — Sabo falou puxando-o em direção a cozinha — Você pode se cortar.
Niji se sentou na cadeira de madeira com assento de almofada o qual Sabo escolheu, o loiro havia insistido muito em comprar aquele conjunto devido às longas horas que passaria sentado ali trabalhando em seu laptop. O cheiro do yakisoba tomou toda a cozinha quando Sabo removeu a tampa da vasilha que continua o alimento. O azulado observou o alimento que o foi servido com um sentimento de culpa em seu peito, Sabo já havia retirado os sapatos, o suéter e permaneceu com a calça de moletom cinza e quente. Os olhos azuis do Vinsmoke focaram na tatuagem de um dragão envolto de lírios-da-aranha vermelha e labaredas de chamas no quadril do mais velho. A tatuagem ia de do quadril até a parte da cintura, cobrindo uma minúscula parte do abdômen do loiro.
