COLD NIGHT

Capítulo 22

VINSMOKE SANJI

Zoro empurra uma grande porta de madeira e adentra o cômodo, sua mão espalma a parede e toca o interruptor, acedendo as luzes.

— Uau... — sussurro ao ver o tamanho de seu quarto.

É uma enorme suíte decorada em tons de verde musgo, preto e cinza. Está cheio de pôsteres de diversas bandas e cantores, uma cômoda de madeira espaçosa repleta de porta-retratos, sem contar na cama dossel quase medieval que certamente eu precisaria erguer os pés para alcançar o colchão. Próxima da sacada possui uma esteira, um supino, grudado na parede um aparelho de barras fixas e um enorme saco de areia quase no centro da pequena academia. A única coisa que me admira é ele ter um guarda-roupa e não um closet imenso. O guarda-roupa é de madeira escura, também muito grande e uma coleção imensa de espadas. Todo seu quarto parece uma mistura de um quarto elegante medieval e com moderno.

— Eu sei, meio exagerado não é? — perguntou se encostando na cômoda.

— Realmente... — murmuro tocando os tecidos escuros da cama. — Você não... sentia medo de dormir nesse quarto enorme?

— Eu só comecei a dormir aqui com meus 12 anos — explica dando de ombros — meu quarto infantil está no andar de cima.

— Essa casa tem 3 andares?!

— Aham — concordou.

Resolvi não dizer mais nada em relação ao estranho exagero do meu sogro com casa e decoração. Me movo em direção aos pôsteres e fico paralisado ao ver um dos pôsteres mais caros e mais raros de Brook.

— Só pode ser brincadeira! — exclamo atraindo sua atenção.

— O quê foi? — perguntou tocando minha cintura.

— Esse pôster é extremamente raro e vale uma fortuna! — respondo mostrando a imagem — Zoro, só foram lançados 3 deles em todo o mundo sem contar que este é o único autografado.

— É... — ele boceja — Eu consegui um autógrafo do Brook quando o pôster foi lançado — explicou.

— Acho que eu preciso me acostumar com o quão rico meu namorado é — murmuro.

Zoro deu uma risada baixa e segurou minha mãe me levando em direção a cama, suas mãos tocam meu quadril me jogando em cima da cama. Solto um risada quando meu corpo praticamente pulou no colchão macio, separo minhas pernas para acomodar seu corpo e estendo minhas mãos para tocar seu rosto.

— Você ainda não me disse que método de luta você usa.

— Ah, isso — murmuro me sentando na cama, Zoro se encosta nos travesseiros e eu fico ao seu lado, deitando minha cabeça em seu braço — meu pai me ensinou a lutar usando apenas as pernas — conto — é um estilo de luta que envolve movimentos variados de diversos estilos de luta, até mesmo capoeira, mas conforme eu fui crescendo eu fui adicionando alguns movimentos com mais elasticidade, como o balé — explico — por isso minhas pernas são tão definidas, mais do que o resto do meu corpo.

— Isso é impressionante — fala tocando o rosto — e muito útil também.

— Você acha...? — pergunto o olhando.

— Sim — respondeu — lutar apenas usando as pernas é algo que eu nunca tinha escutado antes, porém, imagino que deva ser algo que o faça se esforçar demais.

— Com certeza — eu ri.

— Você realmente faz balé? — pergunta.

— Parei há uns 3 anos — respondo, toco minha perna e a estico a ponto de ela chegar próxima do meu ombro, Zoro praticamente arregala o unico olho enquanto observa — mas elas continuam flexíveis.