Capítulo 38

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VINSMOKE SANJI

Abraço travesseiro tentando ter algum conforto, mesmo que os braços de Zoro estejam a minha volta me apertando contra si e não me deixando sair do seu lado em momento algum. Seu rosto se enfiou na curvatura do meu pescoço esfregando seu nariz na minha pele, não falamos nada desde o momento em que saímos da sala.

— Zoro.

— Hum?

— Me prometa uma coisa.

— O quê você quiser — respondeu contra minha pele, apertando ainda mais seu abraço ao meu redor.

— Fique vivo.

Ele fica em silêncio por um longo tempo. Seus dedos se entrelaçam nos meus, apertando nossas mãos com firmeza.

— Tudo bem — sussurrou — eu prometo.

Fecho meus olhos relaxando meu corpo. Zoro nunca descumpre uma promessa e eu sei muito bem disso. Trago sua mão agarrada a minha até meu rosto, apoiando-me nela.

— Que bom... — consigo sussurrar.

***

Encosto minha cabeça na janela no carro, observando a paisagem fria e bonita da montanha onde Mihawk tem uma casa de inverno. Mordo um minúsculo pedaço de pele que está solta do meu polegar e quando vou puxa-la sinto a mão de Zoro agarrando a minha e me obrigando a soltar meu próprio dedo. Olho em sua direção vendo-o concentrando em dirigir a caminhote montanha acima por uma estrada bem feita. Seus dedos se entrelaçam nos meus fazendo nossas mãos ficarem apertadas.

— Tem certeza de que estamos no caminho certo? — pergunto encostando minha cabeça na janela outra vez — Sabe, seu senso de direção não é bom.

Ele solta um riso nasal e simples.

— Sim, amor — respondeu — Eu tenho certeza.

Aperto meus dedos nos seus me mantendo calmo, ou ao menos, tentando. Os dias depois da nossa discussão foram... tensos. Foi a nossa primeira briga e ela simplesmente foi horrível. Até hoje não consigo manter a naturalidade ou a calma já que minha mente insiste em me lembrar que o homem que eu amo simplesmente deseja morrer.

Esse idiota suicida vai acabar com a minha saúde mental!

Fico impressionado ao ver a enorme mansão japonesa no topo da montanha. Ela não tinha mais do que dois andares mas era extensa.

— Não saia ainda — ele ordena assim que pisou para fora do carro. O observo abrir a porta do meu lado e me ajudar a colocar um casaco duas vezes maior que meu corpo — Você é sensível sensível frio, pode ficar resfriado se sair só com esse casaco.

— Obrigado... — sussurro por baixo do enorme casaco, já que a gola dele subia até meu rosto.

Ele pega as malas de dentro do carro e me ajuda a sair da caminhote. Aperto a mão de Zoro assim que notei que tem um certo precipício há alguns metros de distância. Sinto meu coração acelerar e o pensando desse idiota tentando se matar de alguma forma me fez ficar paralisado.

— Está tudo bem?

Saio dos meus pensamentos ao escutar sua voz. Aperto minha mão na sua e assenti, puxando-o em direção a casa. Zoro deixou sua caminhote estacionada ao lado dos vários carros do estacionamento.

As portas foram abertas antes que Zoro pudesse colocar sua digital. Kuina ergue uma sobrancelha e cruza os braços na frente do peito olhando para nós.

— Até que enfim — ela acerta um soco no braço de Zoro e me cumprimenta com um rápido abraço — Pensei que vocês não viriam. Até seus irmãos chegaram Sanji.

COLD NIGHTOnde histórias criam vida. Descubra agora