O Príncipe e o Tritão - Woosan

Extra?

Alguns anos mais tarde...

A vida seguia calma em Halazia. Na cidade, poucas pessoas caminhavam pelas ruas, seguindo para suas casas buscando abrigo para a noite que se aproximava. Logo, as ruas se encontrariam vazias, dando espaço para as mais diversas correntes de ar brincarem e se divertirem ao assustar os moradores batendo suas janelas.

Os pássaros voavam alegremente por toda a costa, seguindo ansiosos para seus ninhos antes da completa escuridão os alcançar. Dando assim início ao turno das aves noturnas que não demorariam a despertar.

O sol já se despedia no horizonte com seus últimos resquícios de luz... E acompanhando essa transição, admirando a divisa roxa revelar as estrelas, um jovem príncipe encontrava-se deitado na areia da praia.

Enquanto isso, seus pais o procuravam desesperadamente.

— Onde esse menino se meteu?? — San buscava com o olhar do alto da escada. — Arhf... — aliviado — achei! — descendo apressadamente. — Deixa só eu...

— Calma! — Seonghwa se revela escondido ao lado do pé da escada. — Ele está bem...

— Você estava com ele esse tempo todo?? Por que não nos disse??

— Não, não estava... mas de certo omiti seu paradeiro. Não podem culpá-lo de não se sentir a vontade lá dentro.

— Woo detesta que ele fique sozinho por aí... tem medo e com razão! Existem muitos perigos pra ele...

— É, e ficar lá correndo o risco de ouvir o que falam não é nenhum pouco, não é? — demonstrando certa irritabilidade quanto ao assunto. — Chegou aos meus ouvidos, San, e não estou nada contente!

— ... eu juro que não dou ouvidos à essas besteiras... — baixou a cabeça.

— Mas também não faz nada para que parem com isso... Ele sente que tem algo errado, não é mais criança... e pra sorte de vocês ele tem a mim e o Hongjoong... que aliás está vigiando da outra ponta.

— ... É que pra mim são apenas fofocas sem importância...

— Que já estão afetando Yechan. Vocês não o deixam sair, e dentro do Palácio os empregados o tratam sem respeito algum...

— Como assim? — tendo ciência do fato pela primeira vez.

— Se não fosse eu e Hong cuidando do nosso neto, nem sei o que seria dele. É só você dar as costas e todos aqui nos tratam diferente...

— Eu não estava sabendo disso...

— É claro que não, parece viver no mundo da lua... Wooyoung que tem estômago pra isso já está no limite. E acho bom você dar um jeito nesse assunto logo! Ou, contamos a verdade pra ele e vamos embora daqui.

Agora se sentindo péssimo pela bronca que levara, San voltou-se novamente para o filho. Respirando fundo, caminhou lentamente até o menino, que até então estava concentrado demais no céu para ter notado a discussão que acabara de ocorrer alguns metros dele.

— Oi... — falou calmo.

— Ah, oi pai! O que faz aqui?

— Procurando você... sumiu outra vez — sentando-se ao seu lado.

— Os preocupei de novo??? — se levantou assustado. — Desculpa! Arh, papai Woo vai me matar — batendo na areia.

— Vai sim ks... ainda mais quando descobrir onde você estava!

— Eu perco noção do tempo... fico tão maravilhado com a natureza... que acabo me desligando de tudo — mirando o horizonte. — Por que ele não gosta do mar, pai?