Nobody said it was easy | Polin

Capítulo 3: The one i want for life

"Looks like we made it
Look how far we've come, my baby
We might've took the long way
We knew we'd get there someday"

You're Still the One - Shania Twain

ABRIL/1813

Minha querida e futura esposa,

Espero que esta carta a encontre bem. Sinto muitas saudades de você e dos seus beijos suaves e delicados. Minha querida, eu não consigo deixar de pensar em você e em nossos momentos juntos. Meus dias são torturantes e agonizantes, e o tempo parece teimar em se arrastar, ainda mais neste momento em que lhe escrevo.

Sinto um alívio em poder dizer que tenho algumas notícias agradáveis para compartilhar com você. Estou feliz em informar que finalmente consegui resolver minha vida em Oxford e estou ansioso (extremamente ansioso) para voltar a Londres. Estarei ao seu lado em breve, meu amor. Prevejo minha chegada no dia 10 de abril, para testemunhar seu debute na sociedade. E, além disso, para finalmente cumprir todas as promessas feitas nestes últimos anos, principalmente as do último inverno.

Devo confessar, minha querida, que minha mente está bem ocupada com pensamentos de você e todas as memórias que construímos ao longo desses anos. Sinto sua falta terrivelmente e mal posso esperar para estar com você novamente. Meu coração é seu, Pen, para sempre.

Me perdoe pela brevidade da carta. Sei que não estás acostumada a ter tão pouco de mim, mas não pude esperar mais para lhe escrever as boas notícias.

Por favor, cuide-se bem até a minha chegada e saiba que estou pensando em você sempre.

Com todo o meu amor, do seu futuro marido,
Colin

Penélope soltou um suspiro de alívio assim que terminou de ler a carta de Colin. As notícias que ela tivera anteriormente revelavam alguma preocupação com o tempo e isso a tinha deixado inquieta por dias. Chegando a lhe dar dor de estômago e dores fortíssimas de cabeça. Mas ele não a decepcionaria. Não Colin. Nunca. E ela sabia disso. Mas, ainda assim, era um alívio.

"Oh, querida. Você já chegou. Venha, o chá já será servido." Ela ouviu Violet e rapidamente dobrou a carta, entregue clandestinamente por Benedict assim que chegou na casa, escondendo entre suas vestes antes de entrar na sala.

A hora do chá na casa Bridgerton era um caos, mas do tipo que ela gostava, embora fosse um pouco enervante. Daphne e Francesca intercalavam no piano. Gregory e Hyacinth sempre discutiam sobre alguma coisa. Benedict sentava em alguma poltrona com algum caderno e passava boa parte do tempo alheio, desenhando algo. O Visconde geralmente aparecia, mas raramente permanecia mais do que 10 minutos entre eles. E Eloise, em geral, ficava ao lado de Penélope discursando sobre a vida injusta das mulheres e sempre com algum livro em mãos. Naquele dia não estava sendo diferente. Exceto que... foi diferente.

Violet se aproximou, fitando-a, e sentou-se ao seu lado com um sorriso gentil em seus lábios. "E então, Penélope, já decidiu sobre debutar este ano ou no próximo?"

"Ah, sim. Será neste ano mesmo," ela respondeu sem pestanejar e, embora tenha sido rápido, Penélope podia jurar que viu uma leve curva se erguer nos lábios dela.

"Só imagino o enorme trabalho que sua mãe terá, cuidando de três jovens ao mesmo tempo na alta sociedade."

"Serão quatro, na realidade." Penélope a corrigiu, sem graça.

"Oh, é claro." Violet soltou uma risadinha. "Havia me esquecido que a sua prima se juntou a vocês após as férias de inverno. Senhorita Thompson, não é?"