"There's blood in my heart
But none in the rest of me
I'm feeling my bones
They're getting the best of me
I'm losing myself
Due to a lack of sleep
I'll never quite be
What people expect of me"
Falling Apart - Surf CurseAVISO DE GATILHO: Nesse capítulo há agressão, caso você não se sinta confortável com o assunto.
Alguns dias depois...
O silêncio na mesa era ensurdecedor. Apesar de Penélope já estar acostumada a não puxar conversa, ele sempre tentava uma vez ou outras. Mas naquele momento, ela conseguia sentir a tensão no ar. Sebastian parecia estar ainda mais irritado a cada dia que passava e ela não tinha ideia do que estava se passando na cabeça problemática dele, mas sabia que aquilo a deixava com medo.
"Pode me passar o sal, por favor?" ela pediu, tentando despertar a sua atenção.
Com certo sucesso, ela o ouviu grunhir enquanto pegava o saleiro de prata, do seu lado esquerdo e o colocava na frente dela, sem qualquer resquício de delicadeza, deixando a tampa escapar com tamanha agressividade.
"Sebastian!" exclamou Penélope, vendo o sal espalhado pela mesa e até mesmo dentro de seu prato.
"Merda" Ele xingou e continuou a comer até perceber que ela ainda o encarava. "É só sal, Penélope. Coma a merda da sua comida..." ordenou ele, antes de se virar para o mordomo, que estava postado em frente a porta que dava acesso a cozinha, e gritar: "Aliás, que merda de comida é essa? Onde está o cozinheiro?! Não foi isso que eu solicitei para o almoço," reclamou afastando o prato e jogando guardanapo de pano sobre a comida quase intocada.
Penélope o encarou confusa. "Sebastian, eu pedi para que mudassem. O cheiro do peixe me deixa enjoada e você sabe disso," murmurou ela, num tom doce, tentando ser gentil. Tentando aliviar um pouco o clima.
Após dar um soco na mesa, assustando-a, ele sibilou num tom irritado: "Tudo te deixa enjoada! Peixe, viajar, meu cheiro, minha presença. Essa criança..." ele parou de falar, se contendo ao máximo, sabendo qual seria a reação dela se ameaçasse aquele bastardo novamente.
"Eu não tenho como controlar isso," respondeu Penélope, encolhida em sua cadeira, tentando manter a maior distância que lhe fosse possível.
"E eu acho que você é uma mentirosa," retorquiu Sebastian, antes de beber um gole de seu vinho. Então depois de alguns segundos, de silêncio, ele a encarou com olhos frios e um sorriso estranho estampado. "Eu acho que você tem total controle. Acho que você faz de propósito. Na verdade eu tenho certeza. Acontece, querida," acrescentou ele, com seriedade, sem qualquer traço de sarcasmo, "que eu estou me cansando desses enjôos e de todas essas desculpas que você me dá. Pensei que, deixando você ver aqueles malditos Bridgertons, isso faria você ser mais condescendente comigo... mas você continua a mesma, sempre me afastando," finalizou ele com a raiva transbordando em seu tom e em sua expressão.
Arqueando as sobrancelhas e com uma risada irônica, Penélope o encarou antes de respondê-lo com uma pitada de sarcasmo: "Eu já havia percebido que você fez isso porque queria algo em troca, só não sabia o que."
"Então, por que não deixa eu te tocar? Eu preciso foder a minha mulher!" exclamou um tanto alto, chamando a atenção do mordomo e com certeza dos empregados do outro lado da porta, ao mesmo tempo em que colocava uma mão firme sobre a dela.
"Pois então trate de arranjar uma amante para conseguir o que quer. Eu não vou deixar você me tocar," murmurou Penélope, afastando sua mão da dele. "Já basta ter que ser obrigada a compartilhar saliva quando você insiste em me beijar," continuou, sem conseguir disfarçar o nojo impresso em seu rosto.
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Nobody said it was easy | Polin
RomancePenélope e Colin se conhecem desde sempre. Ela sempre soube que ele seria seu protetor, enquanto que ele sempre soube que ela seria sua esposa e mãe de seus filhos, antes mesmo de saber o que tudo isso significava. Eles crescem e o relacionamento e...