A little spark that dreams of being a burning fire
And underneath I'm screaming, I'm dying (it's easy to keep on lying)
Should I give up or just keep moving onLost - Breath Atlantis
1 semana depois
Assim que Colin entrou em casa depois dos agora corriqueiros passeios matinais, adotados desde que a ideia de fugir foi descartada, o cheiro da comida invadiu suas narinas. Mas, como vinha acontecendo com certa frequência, o cheiro não era apetitoso o suficiente para ele ficar na presença da família enquanto seu estado de espírito diminuía gradativamente.
Todos os dias, ele saía da casa dela com o nascer do sol e percorria as ruas da cidade por horas, debaixo de chuva ou sol, tentando encontrar uma solução para aquele problema, mas sem de fato chegar a alguma conclusão. Quando se cansava de cogitar possibilidades mirabolantes e impossíveis de acontecer, sua mente voltava-se para a imagem do Duque beijando-a ou com a mão mais baixa do que deveria nas costas dela durante os últimos bailes.
A sensação era de estar se afogando. Sempre. Mas aquele dia estava sendo particularmente difícil, o baile de noivado seria naquela noite, e não seria com ele. Eu sempre posso levar ela embora a força, ele pensou sentindo a cabeça latejar enquanto subia as escadas.
"Colin," chamou Violet da ponta da escada, fazendo-o virar imediatamente para ela. "Chegou bem na hora do almoço."
Ao notar a expressão de preocupação estampada no rosto de sua mãe, ele desceu os poucos degraus que já havia subido. Deu um beijo na bochecha dela e, com um sorriso forçado, respondeu: "Estou sem fome, mãe."
"Você não teve uma refeição em família desde que chegou de Oxford, filho. Seus irmãos vieram me perguntar por que você está ignorando-os."
"Mas eu não..."
Violet colocou as mãos nos ombros dele, interrompendo-o. "Eu entendo, mas eles não têm ideia do que está acontecendo. E você precisa se distrair um pouco. Por favor."
"Está bem, mãe. Mas só um pouco," disse ele, soltando um suspiro cansado. Poucos minutos depois, viu-se sentado em uma mesa grande, rodeado por seus queridos irmãos, que estavam altamente barulhentos. Exceto por Anthony, que parecia mais ranzinza do que o normal, e Benedict, que não estava presente, todos falavam ao mesmo tempo. Tardiamente, ele percebeu o silêncio absoluto que se instalou. Só então, desviou os olhos do prato de comida quase intocado e olhou ao redor. Todos o encaravam, como se aguardassem algo dele.
"Você me ouviu?", questionou Francesca, encarando-o.
Colin negou balançando a cabeça.
"Eu perguntei se você está doente."
"Não," ele respondeu, arqueando as sobrancelhas.
"Então, o que há de errado, Colin?" foi a vez de Hyacinth questionar, seguida por Gregory, que saiu de seu lugar, sentou na cadeira vazia ao lado dele e complementou: "Você fica trancado no quarto o dia todo."
"Não dorme em casa e mal se alimenta," concluiu Francesca.
Colin olhou para a mãe, levemente irritado, sentindo que tinha caído em uma armadilha quando ela desviou o olhar. “Não há nada de errado. Só não estou no clima.”
“Ora, nosso irmão resolveu nos agraciar com sua presença,” disse Benedict, sorrindo, entrando na sala.
“Eu poderia dizer o mesmo de você, já que está atrasado.”
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Nobody said it was easy | Polin
Roman d'amourPenélope e Colin se conhecem desde sempre. Ela sempre soube que ele seria seu protetor, enquanto que ele sempre soube que ela seria sua esposa e mãe de seus filhos, antes mesmo de saber o que tudo isso significava. Eles crescem e o relacionamento e...