JENNIE KIM

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Ele vai querer que eu transe com ele. Os homens geralmente pensam que podem ganhar sexo se me derem comida e uma cama. Ele me deu comida, e agora a cama é a próxima parte. Não deve ser sacrifício nenhum transar com ele. Ele tem aqueles olhos castanhos de sonho e cabelos castanhos e ondulados,espalhados em um arranjo completamente bagunçado sobre sua cabeça.

Eu tiro do meu bolso o dinheiro que ele me deu mais cedo, e tento devolver a ele.

- Pelo lugar para dormir - digo. Assim, ele saberá que não tenho a intenção de transar com ele.

Ele faz que não com a cabeça, me olhando como se eu tivesse perdido o juízo. Ele tira minha bolsa de lona de meu ombro novamente, e a coloca no seu. Seu prédio é realmente perto dos abrigos. Todo esse tempo tenho ficado em abrigos bem próximos da casa desse cara, e eu nem mesmo o vi chegar lá.

Ele abre a porta e, com a cabeça, faz um sinal, me pedindo para entrar.

- Você mora sozinho? - pergunto.

Ele nega com a cabeça.

Eu o paro, e aperto seu ombro.
- Com quem você mora?

Ele faz aquela coisa de novo, sinalizando duas pessoas mais altas e dois mais baixos que ele. Ele mora com seus irmãos. Droga. Não vou a um apartamento cheio de homens que não conheço.

- Não posso - digo, mas ele revira os olhos enquanto falo. Então, ele se curva para baixo, encosta o ombro gentilmente em minha barriga, e me levanta, apoiando-me sobre o seu ombro, como se eu fosse um saco de batatas.

Ainda estou segurando minha guitarra, e começo a bater na parte de trás de suas pernas com ela. Eu poderia estar gritando com ele agora, e ele não saberia. Não consigo falar com ele. Não adianta mandá-lo me colocar no chão.Ele me carrega desse jeito por quatro lances de escada, e solta um pouco de ar pela boca ao chegarmos ao quarto andar. Eu esperava que ele continuasse a subir escadas, mas ele não continua. Ele para e abre uma porta; e, de repente, estamos, em um corredor.

Parei de lutar, já que não adiantou em nada. Ele não pode me ouvir. Ele não pode me responder. Então, afasto meu cabelo do meu rosto com uma mão, e tento não derrubar a minha guitarra com a outra. Ele abre a porta e entra, fechando-a atrás dele.

Quatro homens viram a cabeça para me olhar pendurada daquele jeito sobre o ombro dele. Viro meu rosto para eles enquanto ele fecha a porta, e aceno com uma das mãos. O que mais eu posso fazer? O cara que conheci no estúdio de tatuagens se levanta.

O menos alto de todos pergunta: -Quem é essa?

O cara da tatuagem se curva para olhar meu rosto.

- Que merda, Taehyung, essa é a garota que te esmurrou.

Os outros caras se levantam e se aproximam da gente também. Um deles diz: - Cara, ela tem uma Betty Boop na calcinha. - Não posso nem mesmo me virar e cobrir minha bunda.

Taehyung me coloca no chão. Eu cambaleio enquanto ele me ajuda a ficar de pé, e todo o sangue volta para minha cabeça. Ele estende a mão para me manter estável, e ri.

Percebo que todos eles podiam ver minha calcinha enquanto ele estava me carregando de cabeça para baixo, não só aquele que a notou. Os outros só foram legais o suficiente e fingiram que não olharam.

Taehyung aponta para cada um de seus irmãos, e pede,sinalizando, para eles se apresentarem.

- Jimin - o menos alto de todos diz, enquanto estende sua mão para mim.

- Eu me lembro de você - digo.

- Nunca irei me esquecer de você - ele diz, rindo, enquanto bate no ombro de Taehyung - E o nariz desse cara também. - Ele faz uma mímica enquanto Taehyung finge que vai bater nele. Mas ele não bate. Ele para bem próximo ao seu rosto.

TATUAGEM, TOQUES E SENSAÇÕES- Kth&KjnOnde histórias criam vida. Descubra agora