KIM TAEHYUNG

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Estou tão feliz de ver Jen que eu quero correr na direção dela, levantá-la e girá-la enquanto a abraço. Eu me pergunto se ela iria rir, como Hanna faz quando eu a balanço. Provavelmente não. Eu não tinha certeza se Jen ainda estaria aqui. Eu estava realmente preocupado, e pensando que ela tivesse me deixado de vez, quando me notei que ela não veio me ver no estúdio de tatuagem.

Gotas de água caem sobre a ponta de minhas botas, e Jen corre para colocar o balde de pé. Ela derrapa e cai no chão, olhando para a bagunça que fez. Mas sua tristeza dura apenas um segundo. Ela se recompõe e corre para a mesa, onde há pilhas de roupa dobradas, e ela pega algumas toalhas, jogando-as no chão sobre a água derramada.Ela está dizendo algo, mas eu não consigo ler seus lábios. Eu ando em direção a ela e ela me avisa para parar, colocando as mãos espalmadas na frente de seu corpo. Seu olhar dirige-se rapidamente para Hanna, e depois para o meu rosto; ela não parece muito feliz comigo. Eu deixo Hanna sobre o balcão, e coloco um biscoito nas mãos dela; ela senta lá no balcão, e ela se ajeita para nos observar, com a boca cheia de chocolate. Hanna tem três anos, e ela é uma criança legal.

Eu esfrego as toalhas no chão ao redor, colocando-as embaixo de minhas botas, e Jen fica de joelhos para drenar toda a água. Ela esfrega as toalhas freneticamente, até que esteja tudo limpo. Então, ela joga as toalhas molhadas no balde, e começa a lavá-las. Ela volta para a cozinha e olha para Hanna, que ainda está empoleirada no balcão, feliz, comendo seu biscoito. Jimin vai acabar comigo quando ele souber que eu dei chocolate a ela, mas eu precisava para entretê-la por algum tempo.

Jen sopra o cabelo dos olhos com um suspiro frustrado, e me encara.

– Você está em casa – diz ela.

Suas mãos estão em seus quadris, e ela não está usando nenhuma maquiagem, e seu cabelo está uma bagunça, e ela tem uma mancha de sujeira riscada em sua testa. Mas, ainda assim, ela está bonita o suficiente pra me fazer perder o fôlego.

Concordo com a cabeça. Os joelhos da calça jeans de Jen estão molhados, e sua camisa está úmida, também.

– O que você estave fazendo durante o tempo que estive fora? – eu pergunto.

Eu olho em volta. O apartamento está limpo. E eu não me refiro à aquela “limpeza” que a gente faz quando alguém diz: “Ajeite isso, porque a vovó está vindo pra cá.” Quero dizer impecavelmente limpo. Limpo como aqueles apartamentos decorados que vemos na TV, só que melhor. Tem um cheiro agradável, e a arrumação é ótima. E ela está aqui. Deus, eu estou tão feliz por ela estar aqui.

Ela encolhe os ombros.

– Como foi seu dia? – pergunta. Seu olhar oscila entre mim e Hanna
Hanna está fazendo uma bagunça, mas eu não me importo.

– Melhor agora – eu admito. Eu me senti como se alguém tivesse tirado um peso do meu peito, quando eu entrei na sala e a vi aqui.

Aproximo-me de Jen, e a aperto contra mim, beijando-a em sua testa. Ela torce o rosto, e se afasta de mim, saltando o olhar para Hanna novamente.

– Quem é essa? – pergunta, cautelosamente.

Molho um pano de prato para limpar a boca e as mãos de Hanna. Ela ainda não sujou seu vestido, mas eu sei que vai acontecer a qualquer momento. A mãe dela vai virar o cão chupando manga se a levarmos de volta com a roupa suja. Encho a barriga de Hanna de cócegas e ela ri, apertando sua barriga enquanto ela arqueia o corpo sobre as minhas mãos.

– Esta é Hanna.

Hanna parece um pouco confusa, e eu a seguro, colocando-a sobre o meu quadril. Ela envolve as pernas em meu corpo, e uma de suas mãos está cobrindo minha boca. Eu beijo sua mão, e faço barulhos para ela. Ela se mexe enquanto a abraço.
Ela provavelmente está confusa por conta dos ruídos que saem da minha boca. Eu nunca falei na frente dela antes.

TATUAGEM, TOQUES E SENSAÇÕES- Kth&KjnOnde histórias criam vida. Descubra agora