𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝚌𝚒𝚗𝚌𝚘

888 57 12
                                    

Me olho no espelho do quarto e gosto do que vejo. O vestido que Tommy me deu de presente, vestiu como uma luva.

(Imagem na multimidia)

Está frio lá fora, coloco uma estola de pele branca por cima de meus ombros nus. Minha maquiagem é suave com um batom vermelho vivo para combinar com as jóias que Tommy me deu. Meu cabelo está solto com cachos naturais, diferente da maioria das mulheres que são adeptas do chanel, meu cabelo é longo e chega até a cintura.

Desço a escadaria e ouço a voz de Tommy na cozinha. Ele conversa com Frances.

– Quero que Charlie durma cedo esta noite, ontem ele extrapolou no horário. – Ele orienta a mulher que concorda.

– Estou pronta Tommy, podemos ir. – Digo chamando a atenção do homem que está distraído. Ele vem até a sala e me olha sério, Tommy fica alguns segundos me encarando fixamente. Me sinto constrangida e me dirijo ao espelho enorme que está situado no corredor.

– Tem algo de errado Tommy? – Me olho no espelho procurando por alguma coisa estranha em minha roupa ou maquiagem.

– Você está deslumbrante Arabela. – Ele diz com a voz terna. Ele está usando um smoking muito elegante, aposto que foi feito sob medida.

– Obrigada, você também está muito elegante. – Digo sem graça e ajeito o laço da sua gravata borboleta.

Ele me dá o braço eu entrelaço o meu no dele. Saímos da grande mansão e o motorista já esperava por nós em frente ao carro.

Tommy abre a porta para mim, eu me acomodo no carro e ele senta ao meu lado.

– Obrigada Tommy.

– Pelo que exatamente, amor? – Ele me olha com curiosidade.

– Por tudo, olhe pra mim! Quero dizer, nem pareço com aquela jovem da estação de trem. – lembro dos dias sombrios que passei. Muitas vezes eu não tive o que comer, e muito menos o que vestir. Tommy foi a minha salvação.

– Você é merecedora de tudo, eu que te agradeço. Quando eu te conheci, você trouxe alegria para minha vida. – Tommy diz entrelaçando nossas mãos.

Analiso sua mão. É grande e áspera, mãos de um soldado. Em seu dedo brilha forte a aliança de casamento, parte de mim se entristece vendo o objeto ali.

Tommy me ajuda a subir a grande escada para entrarmos no salão de festas do evento.

– Sorria querida, estão todos olhando. – Tommy diz no meu ouvido.

– Segure em minha mão Tommy, não estou acostumada com toda essa atenção.

– Sr Shelby, muito prazer em recebê-lo em minha propriedade. – Um homem loiro diz e Tommy aperta sua mão. Ele me olha e vejo surpresa em seu olhar.

– O prazer é meu Sr Constantini.

– Quem é a bela moça? – Ele diz depositando um beijo casto em minha mão.

– Arabela Clark Sr. – Digo tímida.

– Encantado senhorita, é sua namorada Sr Shelby? – O homem pergunta a Tommy mas nunca abandona o meu olhar.

– Minha secretária e grande amiga. – Tommy passa a mão pela minha cintura e me aperta. Não entendo o porque. Tal ato não passou batido pelo homem loiro a nossa frente.

Eles ficam por algum tempo ali conversando, até que nos sentamos numa mesa com alguns outros homens. Todos acompanhados por mulheres, menos o anfitrião. Ele não parou de me olhar desde que chegamos, estou ficando constrangida.

𝓜𝔂 𝓼𝔀𝓮𝓮𝓽 𝓪𝓷𝓰𝓮𝓵 :: 𝐓𝐨𝐦𝐦𝐲 𝐒𝐡𝐞𝐥𝐛𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora