𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝚜𝚎𝚝𝚎

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A semana passou voando e veja só, hoje é sábado. Acordo e sinto uma dor de cabeça terrível, faço uma promessa mental de nunca mais beber uma gota de álcool. Faço menção de pisar no chão e a dor em meu tornozelo grita me lembrando do dia desastroso que tive ontem

- Ai! - Gemo de dor e rapidamente sento-me na cama. Aliás, reparando bem não estou em meu quarto.

- Tome isto, vai melhorar a ressaca. - Thomas aparece me assustando, me entregando um comprimido e um copo com água.

- Ah, obrigada Tom. O que estou fazendo no seu quarto? - Pergunto perdida e até um pouco preocupada com sua resposta.

- Não se lembra de nada?! - Ele me analisa minuciosamente.

- Pouca coisa. Você ter dado um ataque louco de ciúmes no Garrison, hã, me jogar em cima do ombro e me obrigar a ir embora, e eu ter caído de forma patética na escada. É acho que só isso, aconteceu algo mais? - Pergunto sentindo minha cabeça latejando.

- Não estava com ciúmes! - Ele diz tragando um cigarro e eu me irrito.

- Você quase atirou em Eric! Tem noção de que ele nunca mais vai querer olhar na minha cara? - Choramingo.

- Essa era a intenção. Eu só me preocupo com você querida, deveria me agradecer. - Ele diz soprando a fumaça no meu rosto.

- Ah! - Dou um gritinho nervoso. - Para de fumar essa coisa perto de mim Thomas Shelby, eu odeio! - Eu berro para o homem que ri de minha reação exagerada.

- Desculpa amor. Cancele seu compromisso com Constantini, o médico recomendou repouso durante duas semanas. - Ele parece se divertir.

- Duas semanas?? - Digo exasperada.

- No mínimo uma, você não deve ficar zanzando por aí. Deve deixar o pé descansar ao máximo, você ganhou folga por uma semana da casa de apostas.

- Me diga o que eu vou ficar fazendo aqui durante a semana inteira Tommy? Não pode fazer isso comigo. - Digo gesticulando em forma de protesto.

- E além do mais eu nem tenho o telefone de Pietro, não tenho como desmarcar. - Digo simplista.

- Ah, não será necessário.

- E por que não? - Indago curiosa.

- Eu já desmarquei. - O homem sai imediatamente do quarto, como um diabo que foge da cruz.

- Isso é inadmissível Thomas, volte aqui eu estou falando com você! - Ele continua fazendo seu trajeto e me olha sorrindo debochado. - Ei! Isso é golpe baixo, só por que eu não posso ir correndo até você e te encher de tapas!

- Até mais tarde docinho. - Ele acena e some da minha vista.

***

O dia passou vagarosamente, eu fiz de tudo que podia afim de que o tempo passasse rápido. Mas foi em vão, finalmente chegou a noite. Ouço o barulho do carro de Tommy, olho no relógio de parede e marca sete da noite.

Devo admitir que estou surpresa, geralmente Tommy chega sempre depois das dez. Isso para dizer o mínimo, tem vezes que ele chega bem mais tarde.

- Chegou cedo Sr Shelby. - Ouço a voz de Francis.

- Não queria deixar Arabela tanto tempo sozinha. - Ouço ele dizer para Francis no andar de baixo.

- Conta mais uma história Bela, por favor? - Charlie diz se aconchegando mais perto de mim. Esse garotinho me fez contar histórias a tarde inteira.

𝓜𝔂 𝓼𝔀𝓮𝓮𝓽 𝓪𝓷𝓰𝓮𝓵 :: 𝐓𝐨𝐦𝐦𝐲 𝐒𝐡𝐞𝐥𝐛𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora