CAPÍTULO 2

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ANY GABRIELLYNew York

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ANY GABRIELLY
New York

Atualmente

— Mais uma dose, por favor! — eu bato o copo de vidro vazio contra o balcão. O barman me encara e pega o copo.

— Você já não está desequilibrada o suficiente... Senhora? — ele olha para o meu anel de diamante, a aliança do meu casamento.

— Eu estou ótima. — eu dou um meio sorriso após falar embolado. — Me dê mais uma.

Peguei minha carteira e puxei uma nota de cem dólares.

— Mais algumas. — coloco as notas na mão dele. — Minha vida tem sido um inferno, preciso esquecer tudo essa noite.

Ele balança a cabeça e dá meia volta levando consigo o copo e em poucos minutos voltando com mais bebida. Eu tomei uma atrás da outra, sentindo minha garganta queimar pelo quão forte é o drinque e o meu peito por tudo o que tenho acumulado nos últimos oito meses.

Morte dos meus pais, casamento de fachada à distância, administração de uma grande empresa e muitas ações na bolsa de valores. Estou perdendo e ganhando em todos os lados, mas não no que eu queria perder ou ganhar de verdade.

Eu tenho perdido a mim mesma. Me sinto como um andarilho sem rumo, como uma fugitiva da própria realidade, que por um minuto tenta lutar e no outro está correndo para o mais longe possível. Mas eu não posso fugir para longe demais, senão em minha mentalidade.

Sina anda se queixando dos meus hábitos, mesmo às vezes ela se envolvendo com eles, o vício na bebida ou qualquer coisa que me deixe chapada o suficiente para anestesiar minha angústia.

Tenho sentido nojo de mim por tudo isso, mas eu não consigo evitar. Quando penso que posso continuar lutando contra sem demora retorno ao fracasso. Eu me rendo a minha fraqueza e me afogo no que possa me distrair por uma noite.

A Any de alguns anos estaria decepcionada pelo o que me tornei hoje.

Sonhos deixados de lado para viver uma vida robótica de quem faz tudo para ganhar mais dinheiro, poder e controle, mas nas noites não tem o mínimo de domínio sobre as próprias emoções e os próprios sentimentos.

O tempo passou e eu estava na pista de dança quase caindo de tão chapada. Eu fui cambaleando para a porta de saída quando senti que não poderia aguentar mais tempo em pé sobre os saltos. Eu os arranquei dos meus pés e acenei para um táxi.

Mas antes de entrar senti meu estômago revirando e corri para vomitar em um beco, aonde um casal se agarrava explicitamente, mas saíram assim que me viram colocar para fora tudo o que tinha ingerido mais cedo.

Ao terminar eu voltei para o táxi e o adentrei, completamente desnorteada e zonza. Eu mal conseguia raciocinar, apenas balbuciei o endereço, o motorista não entendeu absolutamente nada e eu tive que mostrar o endereço em minha carteira.

𝗨𝗠 𝗢𝗖𝗘𝗔𝗡𝗢 𝗘𝗡𝗧𝗥𝗘 𝗡𝗢́𝗦 | BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora