CAPÍTULO 11

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ANY GABRIELLYLos Angeles

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ANY GABRIELLY
Los Angeles

- Estou bem assim? - questionei ao meu marido, enquanto dou uma volta, mostrando-o minhas vestimentas.

Josh está sentado na cama, mexendo em seu notebook, com o cabelo bagunçado, óculos escorregando pelo nariz e roupa de moletom. Um detalhe, Josh nunca ficou sem camisa na minha frente. Ele sempre dorme com camisa e calça. E sempre que sai do banho está de roupão.

É como se ele tivesse vergonha do corpo. Coisa que não entra na minha cabeça, porque Josh malha sempre que pode e seu corpo é um monumento divino. Músculos nos lugares e na proporção certa. Eu não precisava ver muito para saber. O dia em que ele mergulhou na piscina com a blusa social branca foi bastante revelador.

Josh ajeitou o óculos com o indicador e desviou o foco do notebook para mim.

- Até com um saco preto você ficaria linda. - ele disse e eu fiz uma careta.

- Com certeza não e isso é um elogio clichê. Mas obrigada, eu sei que sou linda de qualquer maneira. - falei e ele balançou a cabeça rindo fraco.

- Liam irá te acompanhar. - ele disse e eu franzi a testa.

- Você não disse que daria uma folga para ele nesse fim de semana? - eu indaguei, confusa.

- Ontem sim, mas hoje ele está aqui e irá te acompanhar. Não quero que ande sozinha. - ele disse teclando em seu notebook.

Minha boca abriu e fechou algumas vezes, mas não falei absolutamente nada, porque aceitei que deveria ter uma forma de segurança. Não posso me arriscar. O assaltante daquele dia não foi pego até hoje, minha carteira e celular foram recuperados, mas o bandido conseguiu fugir. E a sensação de perseguição as vezes me deixa paranóica quando estou na rua.

- Certo. Eu já vou indo. - acenei em despedida.

Ele acenou de volta.

- Qualquer coisa me ligue. - ele gritou enquanto eu fechava a porta do nosso quarto.

Desde a festa ontem Josh está um tanto diferente, aliás, nos últimos dias ele está estranho. Mas não de um jeito ruim. Ele parece estar se achegando mais a mim, talvez criando uma afeição. Houve vezes que o peguei me olhando.

E ontem, depois do encontro com Nathan, ele parecia que ia me beijar. Ou talvez isso tudo seja loucura minha. A carência faz as pessoas vêem coisas que não existem.

Nathan. Fazia anos desde a última vez em que o vi, desde o dia em que o flagrei me traindo com minha colega de quarto da faculdade. Foi um golpe terrível para mim. A traição faz mais coisas no psicológico do traído do que as pessoas ao redor possam imaginar.

𝗨𝗠 𝗢𝗖𝗘𝗔𝗡𝗢 𝗘𝗡𝗧𝗥𝗘 𝗡𝗢́𝗦 | BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora