CAPÍTULO 15

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JOSH BEAUCHAMPNew York

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JOSH BEAUCHAMP
New York

Foi uma longa noite aonde eu tive que fazer o possível e o impossível para manter meu corpo estável mediante as reações causadas pelos hormônios assim que encontrei minha linda esposa de bruços na cama vestindo apenas uma lingerie que mal cobria sua nudez.

Meu Senhor!

Isso é um teste de resistência?

Eu sei que não tem nada para me impedir de dar um passo a frente, senão eu mesmo. Mas quando penso que finalmente estou seguindo em frente vem as malditas lembranças para me lembrar do quão maculado estou.

O trauma é tão pior do que eu quero aceitar que é. Ele me dominou de forma que eu não consigo manter uma relação normal com a minha esposa. De forma que tira minhas noites de sono e continuam a sangrar em minha alma. A ferida é tão funda e eu nunca quis reconhecer, mas eu preciso, não apenas por mim. Eu tenho uma pessoa a quem devo me dedicar e me entregar.

Me entregar.

Só de pensar nessas duas palavras calafrios percorrem cada centímetro do meu corpo.

Eu lembro de palavras semelhantes, palavras que me causam náuseas toda vez que me recordo. Tudo o que queria era ter um cérebro bom o suficiente para bloqueá-las, mas eu ainda me lembro de todos os detalhes. Me lembro de pedir socorro enquanto ela estava do outro lado da porta e nada fez por mim.

Eu não sei se um dia serei capaz de perdoá-la por cada vez que me submeteu a coisas tão repugnantes.

Passei a noite encarando o teto, remoendo memórias e planejando a morte do infeliz que ousou tocar em minha esposa. Prometi para ela que não sujaria minhas mãos de sangue, mas não tem problema se eu usar luvas, não é?

Ela não precisa ficar sabendo.

Eu fechei meus olhos por um instante, o que durou não sei quanto tempo exato, mas era manhã e Any faltava rolar por cima de mim com o tanto que ela se remexe e então me abraça. Despertei com seus resmungos.

- Eu faço o que você quiser. Por favor! - ela fala ainda sonhando. Eu vejo sua testa suada e minha mão alcança seu pescoço e eu posso sentir a temperatura quente pra caralho.

Me levantei depressa e gritei por Anna, a governanta apareceu batendo na porta. Eu abri.

- Traga comprimido para febre e pano úmido para Any. Ela está mal. - eu peço e a governanta assente e vai fazer o que ordenei.

Eu voltei para o lado de Any e a balancei pelos ombros.

- Psiu. - eu chamei. - Querida, acorda. - continuei a chamar.

- Por favor. - ela choramingou ainda sem acordar.

A balancei mais uma vez e ela despertou tremendo como um bichinho amedrontado.

𝗨𝗠 𝗢𝗖𝗘𝗔𝗡𝗢 𝗘𝗡𝗧𝗥𝗘 𝗡𝗢́𝗦 | BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora