Falha em Necrokeep

Um reino a beira da opressão

- Necrokeep cairá em ruínas, nada que você faça poderá impedir! - O rei Atticus dizia sentado em seu trono dando risadas, uma forte áurea negativa contornava seu corpo.

- Meu rei, o que está acontecendo!? - Leomord perguntava, se mantendo sobre um joelho enquanto encarava sua majestade.

- Matem-no! - Atticus apontou a espada para Leomord e vários cavaleiros se colocaram a frente do rei.

- Não! Parem! - Leomord se levantou e, assim que o primeiro ataque acontece, um clarão surge sobre sua vista.

Desesperado, Leomord acorda ofegante em sua cama, estava suando frio e mantendo os olhos arregalados, não acreditou no pesadelo que acabou de ter. Olhou para a sua mão, era madrugada, ele se levantou e foi até a frente do espelho, estava apenas utilizando sua cueca box.

- Um pesadelo?... pareceu tão real - Disse Leomord na pia do banheiro, se encarando no espelho - devo estar ficando louco - disse o rapaz e lavou seu rosto, voltando a encarar o espelho.

Algumas batidas são ouvidas na porta de sua casa, ele se assusta e se vira, encostando-se na pia do banheiro e voltando a ficar ofegante pelo susto.

- Ei Leo! Podemos conversar? - Era a voz de Faramis, o maior se acalmou e suspirou fundo.

- Claro, deixe-me apenas me vestir - Falou Leomord e foi até seu guarda roupa.

Após alguns minutos, Faramis estava dentro da casa de Leomord esperando que o mesmo terminasse de preparar seu café

- Me diga, o que te trás até minha casa em plena madrugada - Perguntou Leomord, ainda de costas para Faramis.

- Temo que algo de errado esteja acontecendo com o rei Atticus - Falou Faramis, abaixando sua cabeça em negação.

- Algo errado? O que quer dizer com isso? - Leomord se vira, levando duas xicaras de café até a mesa.

- Obrigado - Faramis disse e pegou a xicara - antes disso, preciso explicar melhor do início - Falou o rapaz de cabelos grisalhos e retirou um livro de seu manto, colocando-o sobre a mesa.

- O que é isso? - Leomord pegou o livro, sua capa era totalmente negra e havia algumas escrituras em outra língua em sua capa.

- Faz um tempo que eu encontrei esse livro e veio estudando ele, é magia negra... - Faramis explicou e o maior olhou um pouco surpreso para ele - Antes que me pergunte, não, eu não estou praticando ela para alguma maldade, jamais faria isso, você sabe bem. Eu salvo vidas Leomord, não tenho interesse em tirar elas - Falou o rapaz.

- Não entendo doutor Faramis, por que usar magia negra? A ciencia não foi o suficiente? - Perguntou Leomord indignado, abrindo o livro e vendo alguns símbolos.

- Não é esse o ponto que eu quero debater. Eu vim aqui para falar sobre áurea, eu passei a enxergar elas nas pessoas após treinar muito o meu espirito e a sua Leomord... a sua apenas me trás paz - Disse Faramis, com um fraco sorriso no rosto - E eu não entendo isso, você passou por tanta coisa em sua infância, li um relatório inteiro sobre você, como não sucumbiu ao desejo de vingança? - Faramis tocou em uma ferida no coração de Leomord que apenas sorriu fraco e manteve o olhar baixo.

- Bom... mesmo com tantas dores, um cavaleiro deve seguir forte e manter a sua honra - Disse o rapaz com um fraco sorriso no rosto - Meu pai me ensinou isso, ele sentiria vergonha de mim se eu vivesse com ódio em meu coração - Faramis tocou na mão de Leomord enquanto ele falava.

- Você sem dúvidas é o cavaleiro com maior honra que eu já conheci, carrega um grande legado, posso ver isso em seus olhos - Disse Faramis, deixando Leomord sem graça.