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— Hm...Wed...— Gemi baixinho enquanto sentia a pele sensível de meu pescoço ser sugada com certa força pela boca dela, causando uma ardência de leve porém gostosa. — Num marca muito não...

Estamos assim a mais ou menos uma hora na casinha da árvore, com Wednesday sentada no sofá e eu em seu colo, sendo abraçada com força por seus braços fortes causados pelo esforço do trabalho. Desde que confessamos nossos sentimentos para a outra, temos tomado
bastante cuidado mesmo que seja para nos beijarmos um pouquinho. Já que qualquer flagra custaria o emprego dela e a minha liberdade.

A primeira vez foi quando acompanhei Wednesday até o celeiro, mas não percebi que estava perto demais dela, então acabei me assustando quando a mesma me empurrou para uma parede e segurou meu corpo. Apesar de nervosa, não pude deixar de aproveitar os apertos que as mãos dela deixavam pelo meu corpo. Mas não durou muito, nos afastamos em um pulo quando ouvimos vozes de um dos vizinhos fazendeiros de meu pai.

Lembro também de uns dias atrás, estar agachada cuidando de minha flor dente-de leão preferida, estava tão linda e brilhosa, até que escutei Wednesday se aproximando. Ela sentou na terra sem se importar em sujar o jeans limpo e cheiroso com a terra úmida, e então me puxou para seu colo, fez carinho em meu rosto e deixou beijinhos rapidinhos em minha boca e vários outros na bochecha e também no pescoço, me deixando toda arrepiada. Não durou muitos minutos, pois meu pai apareceu.
No entanto, ele sequer percebeu algo.

Houve uma noite em que Wednesday apareceu em meu quarto durante a madrugada, e ficamos juntinhas em minha cama. Fiquei com minha cabeça deitada em seu peito, ouvindo seu coração tranquilo, mas ao mesmo tempo alegre, igual nos filmes. Estava mais atrevida e com muita vontade de passar de apenas beijos, então eu deslizei minha mão por sua barriga, Wednesday se arrepiou toda e me abraçou mais forte, porém não disse nada sobre aquilo e eu não soube como avançar. Foi embora de manhāzinha, assim que terminamos de assistir o sol nascendo, juntinhas na sacada de meu quarto, com a companhia de Spike que lambeu a perna dela o tempo inteiro, fazendo nós duas gargalhamos baixinho.

Claro que durante esse tempo fomos flagradas por minha irmã. Foi tão vergonhoso que apenas olhar para Avery agora me faz ficar avermelhada e abaixar o olhar com sua gargalhada maliciosa. Ela não deixa barato, qualquer momento juntas ela fala alguma gracinha para me perturbar, e agora anda intrigando Wednesday também.

Eu estava vestida apenas com meu short de dormir com uma blusinha e Wednesday com uma roupa de dormir preta. Minha perna era marcada com força pelo dedos dela, que fazia questão de apertar cada pedacinho, desde minhas coxas e subindo até minha bunda por dentro da peça do pijama. Estávamos em minha cama em um clima quente, tão presas naquelas sensações de prazer, que poderíamos fazer o quer que fosse ali. Lembro de gemer baixinho próximo ao ouvido dela, e a mesma arfava pesado sobre meu pescoço, mordendo e deixando marcas doloridas sem dó alguma. Eu iria ficar louca, se minha irmã não tivesse aberto a porta.

Não conseguimos continuar, então Wednesday  voltou para seu quarto e eu só a vi no dia seguinte com o rosto vermelhinho, e eu não estava diferente. Quando percebi que fugir de madrugada irmos para a casinha era mais seguro. Wednesday rapidamente arrumou a minha bicicleta que já estava enferrujada há anos para nos levar até lá. Meu pai achou estranho quando minha namorada pediu a minha bicicleta para ele, já que papai poderia comprar uma para ela, mas evitou abrir discussão.

— Mas onti' ocê num reclamou das minhas marquinhas. — Ela sussurrou sôfrega em meu ouvido, me fazendo remexer neu quadril em seu colo, a provocandobum pouco. — 'Ocê gosta de atiçar eu, né? Deixa quando eu pegar ocê, duvido que vai aguentar a força da enxada.

— Que enxada? Que eu saiba, 'ocê já capinou o quintal esses dia'. — Comentei, fechando meus olhos e aproveitando os carinhos atrevidos em meu ombro. De fato, havia tirado muitas ervas daninhas no quintal, que poderiam afetar as minhas flores e plantas.

Amor de Fazenda | Versão Wenclair Onde histórias criam vida. Descubra agora