O lobo solitário

capítulo 7

Aron ON

Desde a hora que acordei não consigo parar de pensar na minha meia lua...na verdade não consigo tirar ela da minha cabeça desde que a vi ontem. Nunca achei que um lobo solitário poderia ter alguém, muito menos que ela pudesse ser tão linda e perfeita, mais felizmente minha avó meu deu esse presente pois acho que eu não iria aguentar passar a eternidade sem ela, acho que eu estaria maluco até meus cem anos.

Ontem depois que voltamos para o castelo o linguarudo do Bernardo contou a todos que eu encontrei minha meia lua, não que eu fosse esconder isso de todos mais queria contar para eles do meu jeito, mais quando se tem um amigo com a língua maior que a boca é nosso que dá. Depois que meus pais e avós ficaram sabendo do ocorrido ficaram me fazendo várias perguntas, mais só respondi o básico de como ela é pois ainda não a começo, não sei nada sobre ela nem mesmo seu nome que deve ser lindo assim como ela.

Eu queria ter ido procurar por ela na cidade assim que acordei, mais como sou o comandante da guarda do meu pai tive que cumprir minhas obrigações e ir treinar os soldados. Depois almocei com minha família em seguida me despedi dos meus avós que voltaram para alcateia deles e agora estou aqui correndo livre pela floresta em minha forma lupina, pois sai para casar algum animal.

Depois de correr por um bom tempo encontro um cervo, então deixo ele se distrair em seguida o ataco mordendo seu pescoço e o matando de imediato, em seguida o devorou inteiro. Quando termino minha refeição corro até a cachoeira, então lavo meus pelos completamente pretos nas águas cristalinas e assim que termino me deito sobre uma pedra, então fico olhando meu reflexo na água.

Na minha forma lupina tenho a pelagem completamente preta devido eu ser um supremo alfa, mais ao contrário do meu pai que tem os olhos vermelhos ou meus são completamente azuis devido aos meus poderes de semideus, também tenho a marca da meia lua em meu peito e apesar disso sei uma maldição, no meu caso me deixa ainda mais forte que os lobos comuns, até mesmo mais forte que papai.

Depois de alguns minutos relaxando corro entre a floresta e uivo sentindo o vendo contra meu pelo, mais logo sinto um cheiro diferente, gostoso, porém famíliar pois já o santi em algum lugar antes. Farejo o ar novamente e um sorriso se forma em meus lábios ao constatar que é o cheiro da minha meia lua, o mesmo que senti levemente ontem quando a vi.

Sem pensar mais começo a ir até ela sendo guiado por seu cheiro mais assim que a vejo sentada encostada em uma árvore encolhida me desespero, então volto a minha forma humana e como não sou um lobo comum minhas roupas não se rasgaram. Já como humano caminho lentamente até ela que nem se quer percebe minha presença e assim que estou em sua frente não posso deixar de sorrir vendo o quanto ela é linda.

Aron: você está bem? - pergunto chamando a atenção dela que arregala os olhos assim que me vê

_ e...eu me perdi - fala secando suas lágrimas

Aron: se quiser posso te levar pra casa - falo e vejo ela sorrir mais logo fica séria

_ você não é um assacino não né? - pergunta séria e eu rio em resposta

Aron: não, eu não sou um assino, mais acho que se eu fosse era exatamente isso o que eu diria né - falo e vejo ela arregalar os olhos - pode ficar tranquila, eu jamais faria mal a você

_ tudo bem, vou deixar você me levar pra casa mais só porque não quero continuar perdida aqui - fala seria e eu concordo estendendo a mão para ajudar ela a se levantar e assim que nossas peles se encostam sinto um arrepio percorrer meu corpo

Aron: é...meu nome é Aron Leblanc - falo e vejo ela me olhar surpresa mais logo disfarça - você já ouviu falar da minha família né?

_ sim, uma conhecida minha que trabalha em uma pequena cafeteria no centro me falou um pouco de vocês - confessa - mais enfim, meu nome é Lizzy Greco

Aron: você mora na cidade a muito tempo? - pergunto curioso

Lizzy: na verdade cheguei ontem na cidade, mais já morei aqui quando era pequena - fala e vejo tristeza em seus olhos

Aron: por que você se mudou? - pergunto curioso, pois se ela não tivesse ido embora talvez eu já teria a conquistado

Lizzy: meus pais foram assinados em um assalto no trabalho deles quando eu tinha seis anos, como meus tios paternos não me quiseram e não tenho fala materna, me mandaram para um orfanato em outra cidade - explica com tristeza

Aron: sinto muito, mais que perdeu foi eles - falo passando meu braço aos redor do pescoço dela e apesar dela ter estranhado meu deu um pequeno sorriso

Lizzy: obrigado - fala me olhando

Aron: não tem que agradecer eu só disse a verdade - falo sincero

Depois de alguns minutos caminhando ao lado dela e claro sem tirar meu braço do pescoço dela, saímos da floresta e mesmo assim continuei caminhando com ela até que chegássemos em uma casa simples mais aconchegante.

Aron: bom você está entregue - falo parando na frente dela

Lizzy: obrigado por me trazer, você deve estar bem longe de casa por minha culpa - fala timidamente

Aron: não se preocupe, eu chego em casa rapidinho - falo sorrindo de lado - eu não poderia ter te deixado lá sozinha, a floresta é perigosa para uma jovem sozinha

Lizzy: obrigado mais uma vez - fala sorrindo com as bochechas levemente vermelhas - vo...você quer entrar, fiz bolo de cenoura antes de sair de casa

Aron: se eu não for te incomodar quero sim, nunca provei bolo de cenoura - falo sincero e ela sorri

Lizzy: vem você vai adorar - fala pegando minha mão e me puxando para dentro da cama mais assim que ela percebe o que fez solta minha mão rapidamente - desculpa

Arno: não precisa se desculpar por isso - falo e volto a pegar na mão dela que sorri

Ela me leva até a cozinha da casa e assim que entramos no local, Lizzy prende os cabelos em um coque bagunçado e assim que ela vai até a pia lavar as mãos vejo nitidamente a marca da meia lua em seu pescoço, o que me faz sorrir ainda mais. Assim que ela coloca a mesa na cozinha mesmo, vou até a pia lavar minhas mãos também, em seguida nos sentamos para comer o bolo que ela fez.