0002

533 75 39
                                    

── Qual o tipo de café que você mais gosta, Louise ? ── Tom se sentou ao meu lado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


── Qual o tipo de café que você mais gosta, Louise ? ── Tom se sentou ao meu lado. ── Hm? ──

Soltei uma risada nasal e olhei para minhas unhas. ── Gosto de cappuccino. ──

── Não muda? ── Georg perguntou.

── Bom, eu creio que não. ── Coloquei minha bolsa em meu colo.

── Café é apenas, café. ── Tom comentou e olhou para Bill. ── Já o cappuccino é mais cremoso e tem leite. ──

Bill olhou surpreso para o irmão. ── E desde quando você tem a inteligência mínima? ──

── Licença, aqui o café de vocês. ── A garçonete colocou as xícaras na mesa.

Dei um sorriso meigo para a mesma e o devolveu. ── Obrigada ──

── Adorei ela! ── Escutei Georg falar enquanto eu observava a mulher sair da mesa.

Peguei minha xícara e tomei um gole de minha bebida. ── Também adorei você! ──

Gustav, o garoto calado e calmo de grupo, pelo menos na frente das câmeras e de quem ele não conhece. Observador, mas eu também sou, então foi perceptível a timidez. Não vou forçar, prefiro que ele se enturme comigo sozinho.

── Então, animada para o seu primeiro dia de trabalho? ── Bill parecia curioso.

── Sendo sincera, um pouco. ── Levei a xícara até meus lábios novamente. ── É a profissão que eu mais admirava desde criança. ──

── Necessito dessa inspiração na minha vida.── Georg comentou. ── Acordo todo dia pensando na noite para dormir de novo, desde criança. ──

── Não sei se isso é bom, ou ruim. ── Ironizei e soltei um riso baixo.

── Bom, ruim é quando ele não quer acordar nem com água. ── Tom disse e acabou rindo também.

── E pode expor dessa forma agora? ── Georg olhou indignado para o garoto de tranças.

── Não se faz de santo, ela vai estar conosco todo dia, uma hora iria saber. ── Bill entrou no assunto e Tom soltou um riso. ── Isso vale para você também, Tommy. ──

── Esse apelido é privado! ── O garoto de tranças cruzou os braços e escorou suas costas na cadeira.

── Ué. ── Olhei confusa para o garoto que estava vermelho igual um pimentão.

Passaram-se algumas horas e eles resolveram ir embora, logo fiz o mesmo, porém meu destino não era minha casa, e sim a loja que eu mais frequento. Tive que andar até a loja já que deixei meu carro no estacionamento da empresa, por sorte o café era perto da loja.

── Serena? ── Me aproximei da mulher que estava de costas.

── Louise? ── Ela se virou para mim dando a visão completa da mesma. ── Você não deveria estar na entrevista? ──

── Esqueci de te avisar, mas ela acabou faz horas. ── Soltei um riso.

── Conseguiu a vaga? ── Ela colocou suas mãos em meus ombros e me chacoalhou.

── Consegui! ── Dei um sorriso e tenho certeza que ele expressava toda minha alegria.

Serena tirou as mãos de meus ombros e bateu palmas de leve. ── Adoro ver que a sua dedicação sempre recompensa! ──

── Amo! ── Eu tinha algo para lhe contar, só não lembro o que.. ── Eu ia te falar algo. ──

── Ah não, você vai me contar isso agora mesmo. ── Ela andou até a sessão de sapatos dando sinais de que eu deveria a seguir.

── Lembrei! ── Segui a mesma e fiquei lado a lado com ela enquanto observávamos uns saltos. ── Um dos integrantes da banda, mulher! ──

── O que? ── Ela me olhou de canto e deu um sorrisinho desconfiado. ── Ele é bonitinho?! tá interessada? ──

Coloquei minhas mãos na altura de minha boca e soltei um riso. ── Ele é atraente até. ── Olhei para a mulher. ── mas pelo contrário, Ele que demonstrou interesse em mim. ──

── E você não se sentiu no mínimo uma vontade de o conhecer melhor? ──

Devolvi o salto para a prateleira que ele estava antes e dei um sorriso irônico para Serena.
── Você sabe o que penso sobre relacionamentos, são uma perca de tempo. ──

Ela pegou o salto que eu coloquei na prateleira e o olhou. ── E você vai se privar para sempre de um? ──

── Se ele for tirar meu foco, que é ter sucesso, então sim, eu vou. ──

── Você é muito boba, o sucesso não é tudo.── Serena disse e colocou os saltos no lugar.

Soltei uma risada da mesma e ela me olhou. ── Não é tudo, para você. ── Olhei para minha bolsa e a ajeitei em meus ombros.
── Pois pra mim é mais que satisfatório alcançar meus objetivos. ──

── No final você vai acabar com alguém, eu sei. ── Ela ironizou.

Dei uma risada nasal e olhei para o chão de cabeça baixa. ── E como você sabe? virou vidente agora? ──

── Talvez, quem sabe. ── Serena levantou suas sobrancelhas quando olhei nos olhos da mesma.

── Comediante nacional. ── Balancei minha cabeça e logo vi uma bota preta de couro e que era cano longo. ── Olha que lindo! ──

── O que? ── Escutei ela falar, mas corri até aonde o sapato estava e o agarrei. ── Olha! ──

A mesma andou até aonde eu estava e olhou para o calçado que estava em minhas mãos com um olhar de aprovação. ── Esse sim! ──

── Vou usar ele amanhã! ── Olhei para a bota em minhas mãos. ── Combina perfeitamente com a minha roupa. ──

Eu priorizo a minha beleza e o meu estilo também, então é algo comum para mim estar em lojas desse tipo.

── Já começou a se arrumar para o tal garoto, que rápido. ── Ela brincou.

── Boa piada, mas você sabe que eu sempre gosto de estar apresentável. ── Continuei meu caminho até o fim do corredor e visando o caixa.

── Não dá nem de brincar com você em certas ocasiões! ── Serena bufou e se escorou no balcão enquanto eu tirava o cartão de minha carteira.

Soltei um riso e voltei minha atenção para a balconista que rapidamente me deu a maquininha e eu fiz o pagamento, ela embalou minha compra e nós fomos para fora da loja.

── Onde está seu carro? ── A mulher ficou ao meu lado enquanto passávamos pela porta.

── Longa história que envolve trabalho e burrice, junto de descuido da minha parte. ──

── Eu te deixo em casa, vem! ── Ela foi em direção ao seu carro e entrou no mesmo.

Não neguei e entrei no veículo junto dela.

── Não precisa me deixar em casa, na empresa, meu carro está lá. ── Falei enquanto colocava meu cinto e ela assentiu com a cabeça.

Through the flash || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora