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── Obrigada pela carona

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── Obrigada pela carona. ── Desci da garupa da moto e devolvi o capacete para Tom.

── Um prazer. ── Ele deu um breve sorrisinho e olhou para trás de minha silhueta.

── O que?

── Não quer que eu entre? ── Ele voltou o olhar para mim.

── Engraçado, mas não. ── Revirei os olhos.

Tom deu uma risada nasal. ── Apenas uma brincadeira pêssego. ──

── Não me chama assim. ── Me virei para ir em direção a porta de minha casa.

── Te chamo da maneira que eu quiser, já que sou seu chefe. ── Senti mãos entrelaçando minha cintura e uma voz em meu ouvido.

── Sendo meu chefe, ou não, isso não é motivo para me abraçar. ── Soltei as mãos dele de meu corpo e segui caminho, logo entrando em minha casa.

── Ainda vou roubar um beijo seu, acredite Blanchard! ── A voz do garoto ecoou pela rua e eu fechei a porta com força.

Sonhar nunca é ruim, mas não viaja também né.

── Aonde passou a noite? ── Theo me abraçou.

── Tive uns imprevistos no trabalho. ── Minhas mãos foram até o ombro do garoto o afastando.

── Fiquei preocupado, combinamos de jantar juntos. ── Ele me seguiu enquanto eu ia até meu quarto.

── Me desculpa, eu não pude vir.

── Para compensar.. ── Ele começou e parou.

── Fala. ── Respirei fundo.

── Sai comigo e com a minha namorada para um jantar?

Soltei um riso e o encarei. ── Nem a pau. ──

── Por favor!! ── Ele insistiu.

── Tenta outro dia. ── Entrei em meu quarto.

── Por favor Louise! ── Ele me seguiu e se escorou na porta. ── Você me deve.

── Eu tenho treino agora, e ainda tenho de voltar para o trabalho. ── Cruzei meus braços.

── Eu te dou carona para os dois, prometo!

Pensei um pouco e era melhor do que ter risco de voltar com Tom para casa, novamente.

── Pode ser ── O empurrei para fora de meu quarto. ── Agora deixa eu me trocar.

── Fica o tempo que precisar! ── A voz de Theo foi sumindo aos poucos pelo corredor após de eu fechar a porta.

Um riso bobo surgiu em meu rosto. Meu irmão é um doce, apesar das bobagens que faz.

Fui em direção ao local que guardo minhas roupas de treino e a agarrei. Tirei a que eu estava, fui para uma ducha quente. Refrescar minha mente é algo que eu sempre tenho de fazer, ter bipolaridade é algo horrível, mas não ataca de uma hora pra outra e eu felizmente tomo meus remédios.

Após o banho eu fui em direção ao meu quarto novamente e me vesti. Um vestido preto, ele tinha mangas longas e sua saia ia até o começo de minhas coxas. Uma meia calça preta, luvas, meias e o meu presente, o patins que Tom me deu.

Meu reflexo no espelho era meio, estranho? não sei explicar, mas a minha relação comigo mesma não era das melhores. E honestamente, isso não me preocupa tanto, ja que pela teoria todos me acham linda e isso basta.

Passei um gloss e uma sombra preta para destacar meus olhos azuis, um blush para não ficar com a cara em branco. Coloquei meu colar dourado e fui para fora do quarto, logo esperando Theo.

── Pronta? ── Ele me perguntou assim que entrei em seu quarto.

── Sim.

── Vai descendo as escadas, ja vou

Assenti com a cabeça e sai de seu quarto, logo descendo as escadas e o esperando na porta de casa. Agarrei a bolsa que eu havia separado para levar, com minhas roupas de trabalho e meus patins.

── Vamos. ── Theo me deu um susto e logo soltou um riso.

── Ih bixo, se joga. ── Fui para fora de casa e entrei no carro.

── Você não vive sem mim. ── Ele ironizou entrando no carro também.

── Sobrevivo melhor do que você pensa.

── Cala a boquinha vai. ── Ele ligou o carro e seguimos caminho para o local o treino.

O set de patinação não era tão longe, e isso era ótimo, como estou sem carro, será prático. Agora pelo lado do trabalho, é complicado. Por sorte, eu consigo dar meu jeito.

── Chegamos. ── Ele estacionou o carro.

── Obrigada. ── Desci do carro e fechei a porta vendo o garoto descer também. ── O que pensa que tá fazendo?

── Quero ver você patinando. ── Ele propôs.

── Nem pensar.

── Mas..

── Theo, não! ── Engrossei meu tom de voz e ele assentiu com a cabeça, logo entrando no carro e indo embora.

Tenho meus motivos, não gosto que me vejam patinar.

── Chegou cedo, Louise. ── Maby me cumprimentou.

── Sim. ── Dei um sorriso envergonhado e fui para o vestiário.

Coloquei meus patins e fui para o ringue, onde estava lotado de garotas e eu respirei fundo para não me desequilibrar. O campeonato estava próximo e eu tinha que treinar, meu treinador não viria hoje, mas como eu não estou conseguindo fazer o salto axel, preciso treinar.

Coloquei uma música que me acalmasse em meus fones e fui seguindo caminho pelo enorme ringue. Tentei diversas vezes o salto e infelizmente, falhei em todas elas.

Muitos dizem que eu sou uma ótima patinadora, mas desde quando comecei a tomar a medicação.. eu me senti uma péssima patinadora. Mas eu devo tomar independente do que aconteça.

Quando eu sair do trabalho eu vou comprar a medicação, com Theo.

── Você realmente patina bem. ── Maby deu um sorriso para mim.

── Obrigada. ── Dei um sorriso de canto e ela riu. ── Você também.

Passou-se alguns minutos e o ringue começou a esvaziar, agradeci por isso. Ficar sozinha é uma das coisas na qual eu mais gosto.

Aproveitei para treinar mais o axel, e nisso foram várias e várias vezes. E na maioria eu falhei.

Palmas, pude escutar palmas ecoando pelo ringue e me virei vendo..

Tom?

── Patina muito bem, Pêssego.

Eu estava prestes a dar o salto quando levei minha atenção ao garoto e minha cabeça foi ao chão, logo tudo ficou preto.

Through the flash || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora