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── O que você estava pensando? ── Escutei essa voz chiar em minha cabeça, me causando uma grande dor

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── O que você estava pensando? ── Escutei essa voz chiar em minha cabeça, me causando uma grande dor.

── Para, ela está acordando!

Pude abrir meus olhos e ver tudo branco, mas aos poucos voltando ao normal. Primeiro enxerguei o ranking de patinação, depois o Tom e o Bill.

── O que vocês estão fazendo aqui? ── Levei minha mão até minha cabeça que tinha um curativo e estava com uma bolsa de gelo, a encostando na mão de Tom, que a pressionava.

── Não mexe, eu estou segurando. ── Ele tirou minha mão do local e pressionou o local com mais delicadeza.

── Como que você caiu? ── Bill me perguntou enquanto passava algo em meus joelhos que sangravam.

Olho para o lado e vejo que minha meia calça estava ali, rasgada.

── Certo. Qual dos dois tirou minha meia calça?

── Nenhum, fui eu. ── Uma garota loira apareceu.

── Quem é você?

── Sou Mia Kaulitz, prazer. ── Ela me estendeu a mão e me cumprimentou. ── Meus irmãos me arrastaram para ca, e quando vi, você tinha caído e ralado o joelho.. então tive que tirar sua meia calça.

── Ah ── Dei uma risadinha. ── Obrigada então.

── Qual seu nome?

── Louise.

── O papo está ótimo não é? Mas vamos pro trabalho? ── Tom cortou minha conversa com Mia.

── Cala a boca, seu porra. ── Bill jogou uma gases cheia de sangue em sua cara. ── Não está vendo que ela ta machucada?

Tom se desesperou e jogou o gases bem longe de seu rosto. ── Que nojo, Bill! Não se faz uma coisa dessas com o seu irmãozinho.

── Ai, calem a boca e me ajudem a levantar!

── Agora! ── Bill colocou meu braço entrelaçado sobre seu pescoço e Tom fez o mesmo.

── Acho que eu consigo andar sozinha. ── Me soltei dos dois.

Minha visão estava um pouco turva e me deixava me indecisa de onde eu iria, mas eu apenas fui. Felizmente cheguei a saída e peguei meu celular para chamar meu irmão.

── Tem certeza que está bem? ── Escutei a voz de Tom vindo de trás de meu corpo.

── Francamente, não. ── Respirei fundo. ── Mas meu irmão vem me pegar, então eu posso me cuidar.

── Vou esperar ele chegar.

── E os seus irmãos? Eles vão embora sem você? ── Me virei, ficando de frente para o garoto.

── Bom, sim. Mas eu estou de moto, e eles de carro.

── Hm.. ── Levantei minhas sobrancelhas e assenti com a cabeça.

Peguei meu celular e entrei no contato de meu irmão, logo apertei para chamar e ele recusou.

── Tá de palhaçada?! ── Falei indignada.

── O que aconteceu?

── Nada demais.

Entrei nas mensagens e comecei a digitar.

Theo:
Pare de me ligar!

Louise:
O que você tem?! Preciso que venha me buscar!

Theo:
Você me trata mal e agora vem me pedir para te buscar? Pare de ser egoista! Sem falar que ja passou do horário de você ir no jantar.

Caramba, eu nem reparei no horário. Deixei meu celular de lado e olhei para Tom.

── Eu fiquei inconsciente por quantas horas?

── Praticamente a noite inteira. ── Ele pensou bem. ── Já viu que horas são?

── Não.. ── Respirei fundo.

── Já vai dar uma da manhã. ── Ele tirou seu casaco e colocou em mim. ── Tem certeza que não quer uma carona?

── Não precisa, meu irmão vem me buscar, eu acho. ── Virei meu rosto para o lado olhando para o fim da rua.

── Qual é Louise. ── Suas mãos foram em meu queixo e direcionaram meu rosto para ficar de frente com o do garoto. ── Deixa eu te deixar em casa, não vai ser nenhum incômodo.

── Ee.. ── Falei e olhar do garoto foi até a minha boca, me fazendo engolir seco. ── Vou aceitar.

── Boa. ── Ele deu um sorrisinho e levou seu olhar até meus olhos. ── Vamos?

── Vamos. ── Falei e senti o garoto pegando em minha mão e me puxando.

Tá, não é algo normal para mim aceitar carona, é bem incomum. Depender dos outros é péssimo, Theo, você me paga!

── Pega, o capacete. ── Ele me entregou enquanto subia em sua moto e colocava o seu.

── Obrigada. ── Coloquei o capacete e tirei meus patins.

── Não vai subir?

Duas vezes no mesmo dia, que sorte.

── Ah, vou sim. ── Subi na moto da forma mais delicada possível e tentei não me segurar em nada.

── Não vai se segurar? ── A voz do garoto saia meio abafada por causa do seu capacete.

── Não..

── Você quem sabe. ── Ele ligou a moto e acelerou, porém, eu acabei indo para trás e depois me agarrando nele, em suas costas. Minhas mãos entrelaçaram o peitoral do garoto e eu o abracei com medo.

── Panaca! ── Gritei e eu o senti dando uma risadinha. ── Se eu caísse, eu te matava!

── Matava nada. ── A voz de Tom chiava em seu peito.

Fumante do carai.

── Vai se fuder. ── Soltei um riso e senti o vento em meus cabelos, provavelmente ficaria todo bagunçado depois, mas que se foda.

── Ta gostando do passeio a alta velocidade?

── Não era uma carona? ── o provoquei.

── Uma carona para o meu quarto. ── Ele riu.

── Então eu não quero. ── Brinquei.

É, até que o Tom serve pra ser um bom amigo.

Through the flash || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora