A Dama

Turbulência

Siiim! Dois capitulos, isso msm! :D embora eu saiba muito bem que isso não compensa meu desaparecimento vergonhoso. 

Enfim, espero que gostem! 

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Um estranho arrepio passou por sua nuca e se instalou em sua lombar, algo estranho que mexeu com seu coração e não soube dizer exatamente do que se tratava aquele sentimento, porém sabia de uma coisa, o motivo de ele ter nascido e lhe incomodado vinha daquela troca de olhares que Sasuke estava tendo com a mulher recém chegada.

"Mei"... O seu nome, dito pelo Uchiha a segundos atrás, parecia ecoar em sua mente. Já tinha ouvido ele antes e, com isso, sua mente, aquele lado que preferia deixar em um canto escondido e contido, começou a trabalhar, gerando pensamentos, lembranças, logo todas as informações sobre Sasuke, obtida da forma que menos gostava, surgiram em sua mente. Os vídeos de segurança, fotos, informações pessoais...

— O que está fazendo aqui? — a voz de Sasuke soou levemente grossa, um tanto rude, o que não passou despercebido por nenhuma delas.

— Meu pai é dono da rede Dib, esqueceu? — Mei o respondeu, dando um sorriso singelo — Ele não pode vir, então me pediu para vir e te dar os parabéns, Ino. Desejamos muita sorte e que possamos comemorar muitos anos do Café Kono.

— Obrigada — embora sorrisse para ela, a Yamanaka não sabia ao certo como reagir aquilo. Nunca foi muito próxima de Mei e nunca gostou do relacionamento que Sasuke manteve com ela. — Diga ao seu pai que perdoarei desta vez, mas espero ele na próxima.

— Pode deixar — disse — E você... Eu conheço você.

Sakura voltou à realidade no instante seguinte, notando que a recém chegada a encarava com um olhar curioso, porém... De admiração? Não soube ao certo. Na verdade, sua mente não estava em seu melhor momento agora para analisar precisamente a expressão de qualquer pessoa, seja ela quem fosse.

— Sakura Ivanov, não é? — Mei deu um passo à frente, estendendo sua mão na direção da mulher, tendo agora um sorriso mais aberto no rosto — É um enorme prazer finalmente poder conhecê-la.

— Você me conhece? — por um milagre, que não soube qual deus foi responsável por tal, sua voz saiu calma e tranquila, não demonstrando nada do abalo que sua mente havia acabado de se recuperar. Sakura levou sua mão até a dela e aceitou o gesto de cumprimento.

— Eu ainda não estou no ramo, falta alguns anos para me formar mas eu já sei quem é Sakura Ivanov e os investimentos que a empresa Ivanov tem feito na cidade — seu tom era um tanto confiante — Nunca tinha a visto pessoalmente, por isso, é um prazer conhecer. Pode me chamar de Mei.

— É um prazer — Sakura sorriu para ela, separando suas mãos em seguida.

— Não sabia que a Ino tinha contatos do alto escalão — a mulher tornou a olhar para a Yamanaka — Isso me surpreendeu.

— Na verdade, foi eu que a convidei — Sasuke se pronunciou, chamando a atenção de Mei, que não escondeu sua surpresa.

— Você?... Sério? — disse com o cenho franzido e um sorriso torto nos lábios — Vocês se conhecem?

— Sim, a gente se conhece. E eu fico muito feliz com isso — o Uchiha olhou para os olhos verdes de Sakura e sorriu para a mesma que, movida pela "magia" que parecia que o sorriso dele tinha sobre si, sorriu também para ele.

Aquela troca de olhares foi o suficiente para Mei entender exatamente o que Sasuke quis dizer com "conhecer" e, embora não tivesse mais nada com o Uchiha e até mesmo não o encontrava já a certo tempo, nem mesmo esbarravam com ele na rua, sentiu-se estranha. As palavras logo subiram por sua garganta mas, foram bloqueadas e forçadas a descerem de volta ao ser chamada por um dos conhecidos de seu pai, que praticamente a puxou pelo braço em direção a uma roda de "amigos de negócios", forçando-a a deixar aquele assunto para outro momento.

— Nossa... O que foi isso? — Ino foi a primeira a se pronunciar, ainda observando a mulher sorrir e conversar animadamente com outros convidados.

Lentamente, Sakura desviou seu olhar dos negros de Sasuke para também olhar para Mei, não conseguindo impedir que aqueles sentimentos, misturados com sensações que não sabia ao certo o que eram, surgir dentro de si.

— Também queria saber — sua voz saiu levemente grossa e séria. Ao notar tal coisa, logo completou, com a voz mais suave — Foi muito estranho ou só impressão minha?

— Não se preocupe, tá? — o Uchiha virou-se para ela, tocando-lhe em seu ombro, tendo um sorriso gentil no rosto — Mei é só... Só uma pessoa sem importância, tá bem?

Ela nada lhe respondeu, apenas sorriu para ele, aceitando as palavras que lhe disse, porém algo já havia nascido dentro de si e sabia que aquilo não iria se aquietar tão facilmente assim.