Cap. 8 - A troca de bolsas (celular na mochila errada) - Yang

131 13 100
                                    

1:00 am - Seul, Korea do Sul

Mark acordou repentinamente no meio da noite, seu coração acelerado e a sensação de que algo não estava certo. Ele estremeceu ao perceber que Alice não estava ao seu lado na cama. Preocupado, ele se levantou rapidamente e começou a procurá-la pelo apartamento em que viviam juntos.

O silêncio parecia assustador, e o único som que ecoava pelos cômodos vazios era o som abafado de sua própria respiração. Mark percorreu cada sala, chamando pelo nome de Alice, mas não obteve resposta. Seu coração afundava a cada minuto que passava, aumentando sua angústia.

Ao chegar perto da porta de entrada do apartamento, Mark notou que ela estava entreaberta. Seu coração disparou ainda mais, um medo profundo tomando conta de seu ser. Ele empurrou a porta suavemente.

Em um último ato de desespero, Mark decidiu verificar as escadas que levavam a outro andar do prédio. Um frio intenso se apossou de seu peito enquanto ele descia os degraus apressadamente.

Ao chegar ao patamar inferior, ele encontrou Alice caída desacordada. Havia uma poça de sangue ao seu redor, indicando que algo grave tinha acontecido. Mark correu até ela, seu corpo tremendo de pavor e desespero. Ajoelhou-se ao seu lado, segurando-a com cuidado, chamando por seu nome em um misto de angústia e esperança.

- Mark! Mark, acorde! Você está tendo um pesadelo! - Johnny balançando Mark.

- O que? Johnny? Onde estou? - Mark acordando ofegante.

- Você estava tendo um pesadelo. Parecia bem intenso. Você mencionou a Alice e sangue... O que aconteceu?

Foi horrível, Johnny. Eu sonhei com o momento em que encontrei Alice caída na escada. Havia muito sangue no chão... Eu estava tão assustado. - Mark Ofegante.

- Calma, Mark. Foi apenas um pesadelo. Alice está bem, lembra?

- Eu sei, eu sei, e é isso que importa. - Mark se sentou na cama. - Eu não consigo tirar aquela imagem da minha cabeça. Foi tão traumático e eu pude sentir o desespero tomando conta de mim novamente, a sensação de perda iminente.

Johnny se aproximou, sentando-se ao lado de Mark na cama. Ele colocou a mão em seu ombro, oferecendo apoio.

- Eu sinto falta dela, Johnny. - Mark olhou para Johnny, com os olhos úmidos de lágrimas que ameaçavam cair.

Johnny assentiu, compreensivo e permaneceu em silêncio por um momento, permitindo que Mark processasse as emoções.

- Eu não me arrependo de ter feito isso, mas dói saber que eu a perdi para sempre.

- Entendo como você se sente, mas você precisa tentar acalmar sua mente e se concentrar no presente.

- Você tem razão, Johnny. - concordou. - Ela está segura e bem ao lado do Ten.

11:00 PM - Bangkok, Tailândia (fuso horário de 2 horas entre Korea e Tailândia)

Sentada na beirada da cama do nosso quarto de hotel em Bangkok, observo Ten se movimentando pelo quarto. Ele parece confortável e à vontade. Tento afastar os pensamentos românticos que surgem em minha mente. Por que estou me sentindo assim? Será que algo mais aconteceu entre nós que eu não consigo recordar?

Olhei para Ten parado à minha frente, tentando desesperadamente lembrar da nossa vida juntos, mas tudo parecia uma névoa densa em minha mente.

Ten, percebendo minha confusão se abaixou na minha frente, gentilmente tirou os meus sapatos. E com um toque suave, segura minha mão.

Sua voz é calma e reconfortante quando ele sugere que tomemos um banho juntos. Sinto meu coração acelerar e minha mente se enche de dúvidas.

- Alice, você não tem nenhuma lembrança de mim?

Entre dois mundos  - Nct: TEN / MARK LEE [Em Andamento] Onde histórias criam vida. Descubra agora