Entre dois mundos - Nct: TEN / MARK LEE [Em Andamento]

Cap. 16 - "Luz Da Lua: A Chave Do Destino"

Mark tentou desesperadamente recuperar o fôlego após a corrida frenética, seus pulmões queimando e a cabeça girando. Ele mal havia processado o que estava acontecendo quando, em um piscar de olhos, tudo ao seu redor escureceu.

De repente, ele estava em outro lugar.

Quando abriu os olhos, se viu em um prédio alto, com uma vista impressionante das luzes da cidade abaixo. As enormes janelas de vidro iam do chão ao teto, e as luzes da noite se refletiam no interior do cômodo, criando uma atmosfera ao mesmo tempo deslumbrante e opressora. A lua cheia brilhava lá fora, mas dentro, o silêncio era quase palpável. A única fonte de iluminação vinha das luzes da cidade piscando ao longe, e o ar parecia pesado, carregado de mistério.

Mark cambaleou, tentando entender como havia parado ali. Seus olhos foram atraídos para uma figura solitária diante das janelas. Um homem com os cabelos negros, perfeitamente penteados, que caíam sobre sua testa de forma sutil. Ele usava roupas escuras, que se mesclavam às sombras da sala, mas seus olhos brilhavam com intensidade. Havia algo de afiado e calculado em seu olhar, como se ele estivesse sempre um passo à frente de tudo.

O homem se virou lentamente para encarar Mark, o rosto delicado, mas sério, os lábios ligeiramente curvados em um sorriso controlado. Seus traços exalavam um ar de confiança e mistério, como se ele estivesse acostumado a estar no comando.

- Onde eu estou? - Mark perguntou, a voz falhando, carregada de confusão e medo.

O homem deu um pequeno passo à frente, mas manteve uma distância cautelosa. Sua presença era ao mesmo tempo suave e ameaçadora, como se não precisasse fazer nada para controlar a situação.

- Calma, Mark. - A voz do homem era tranquila, quase hipnótica, mas carregava um tom de autoridade. - Eu não queria te trazer assim, mas você deixou poucas opções.

Mark estreitou os olhos, a mente em uma corrida desesperada para entender o que estava acontecendo. Nada fazia sentido. Quem era aquele homem? E por que ele estava envolvido nisso tudo?

- Quem é você? - A voz de Mark saiu mais forte dessa vez, mesmo que seu corpo ainda estivesse trêmulo de adrenalina.

O homem soltou um suspiro leve, como se já esperasse aquela pergunta. Ele se aproximou um pouco mais, seus olhos escuros cravados em Mark com uma intensidade que o fez estremecer.

- Pode me chamar de Key. - Ele disse, o nome saindo de seus lábios com uma suavidade quase ensaiada. - E o que eu quero... não é muito diferente do que você já está procurando.

Mark deu um passo involuntário para trás, ainda confuso e hesitante. Havia algo perturbador no olhar de Key, algo que parecia saber mais sobre ele do que Mark jamais revelara.

- O que você quer de mim? - Mark perguntou com desconfiança, tentando manter a voz firme.

Key sorriu, mas o sorriso não alcançou seus olhos. Havia algo enigmático nele, um mistério profundo que Mark não conseguia decifrar. Ele olhou para as luzes da cidade, como se enxergasse além do que estava visível.

- Você tem um papel muito importante em tudo isso, Mark. - Key começou, ainda olhando para fora da janela. - Lay, Alice, o que quer que você pense que sabe... é apenas a superfície. Eu preciso da sua ajuda para equilibrar as coisas.

Mark sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao ouvir aqueles nomes. A menção de Lay e Alice trouxe à tona memórias recentes, mas cheias de confusão.

- O que você sabe sobre eles? - A voz de Mark vacilou, dividida entre medo e raiva.

Key voltou sua atenção para ele, seus olhos afiados, e deu um pequeno sorriso de canto.