Entre dois mundos - Nct: TEN / MARK LEE [Em Andamento]

Cap. 5 - O cara Misterioso

8:35 pm - Shanghai China

Eu havia marcado de me encontrar com uma amiga em um restaurante.

Lucas me acompanhou, mas não pôde ficar, pois tinha marcado de jantar com Winwin em um outro restaurante não muito distante dali.

Verifiquei às horas no celular e suspirei olhando a vista da janela à frente da minha mesa, nada de interessante até perceber um cara em pé do outro lado da rua olhando fixo na minha direção.

Não podia vê-lo totalmente, o boné cobria os seus olhos, mas tive a impressão de conhecê-lo de algum lugar.

De repente uma voz feminina soou atrás de mim. Me virei para olhar e vi Eki se aproximando. Ela puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado.

- Alice, me perdoe, eu vim o mais rápido que pude. - falou me dando um abraço.

- Eu senti a sua falta, Eki. - segurei a emoção, pois para mim fazia meses que não a via.

- O que aconteceu? Porque esses olhinhos estão inchados? - perguntou preocupada.

- Eu não sei por onde começar. - respirei fundo.

- Você e Ten estão bem?

- Essa é a questão, eu não sei. - A quanto tempo eu estou casada com o Ten?

- Vai fazer um ano amanhã, mas porque está me perguntando isso? - me olhou pensativa.

- Eu tô surtando, Eki.

- Agora que caiu a ficha, bebê? - Eki riu

- Eu pareço estar brincando?- meu rosto estava sério.

- Não parece, mas essa pergunta soou um pouco estranha, não acha?

- Estranha? E se eu te contar que eu não me lembro de ter me casado com o Ten?

- O quê? - Eki me analisou por alguns segundos. - Ontem no jantar na casa do Kun, você bebeu?

- É claro que não. - revirei os olhos. - Você sabe que eu não bebo.

- Eu não sei não. - duvidou.

- E que jantar é esse, hein?

- Alice, quer me dizer logo o que está acontecendo, eu já estou ficando preocupada.

Repassei tudo na cabeça, respirei fundo e contei o que havia acontecido. Ela escutou atenta a história que mais parecia um filme de fantasia.

Eki me olhava incrédula sem entender absolutamente nada, também reagiria assim, se alguém me contasse que não se lembra da própria vida.

Ela permaneceu calada por alguns segundos tentando processar a informação

- Tá bom, me julgue. - falei me dando por vencida.