Cap. 13 - Caminhos Entrelaçados - Lay

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Ten, com o coração apertado, tentou seguir Alice em direção à praia, mas Kun o interceptou na porta da casa.

- Ten, espere. Ir atrás dela agora só vai piorar as coisas.

- Eu não posso deixá-la partir, saia da minha frente Kun. - Ten tentou passar a força.

- Calma, Ten. O Dejun foi atrás dela. - Yang segurou Ten.

- Se acalme e deixe Xiaojun cuidar disso. - Kun colocou a mão no ombro de Ten, tentando transmitir uma calma que ele mesmo não sentia.

Com os olhos marejados e a voz embargada, Ten perguntou:

- Kun, o que eu fiz? Por que isso está acontecendo?

Kun suspirou, compreendendo a dor do amigo.

- Às vezes, as emoções nos levam a dizer coisas que não queremos. Você está lutando por ela, mas você precisa dar espaço agora. Xiaojun vai garantir que ela esteja segura.

Devastado pelo arrependimento, Ten deixou-se cair no sofá da sala. Lágrimas rolaram por seu rosto, expressando a dor de suas palavras impensadas.

- Eu só queria ajudá-la a lembrar, a entender. Não queria afastá-la mais.

Kun se sentou ao lado de Ten, oferecendo um apoio silencioso. Enquanto Yang foi até a cozinha pegar um pouco de água para ajudar Ten a se acalmar. Kun, compreendendo a complexidade da situação, sabia que, às vezes, o cuidado excessivo podia se transformar em sufocamento.

- Todos estamos tentando lidar com isso da melhor forma possível. Vai ficar tudo bem. - Kun tentou confortar Ten, cujas lágrimas continuavam a cair.

- Aqui está, Kun. - Yang entregou o copo de água a Kun. Kun pegou a água e disse para Ten beber.

- Ten, beba um pouco de água, vai ajudar você a se acalmar.

- Eu perdi o controle, não queria dizer aquilo para ela. - Ten pegou o copo das mãos de Kun, bebendo logo em seguida.

- Ten. Às vezes, as palavras nos pegam desprevenidos, mas podemos consertar as coisas. - Disse Kun, oferecendo conforto a Ten. - Vai ficar tudo bem.

Caminhava confusa em direção ao mar, abalada pela notícia de estar esperando um filho de Ten e pelo casamento iminente de Mark com outra mulher. Eu não queria acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.

Lágrimas escorriam, confundindo meus pensamentos. Parei ao avistar alguém vindo em minha direção, com os olhos cheios de lágrimas e minha visão embaçada não consegui identificar quem era. Ao chegar mais perto, percebi que a pessoa se parecia com o Mark.

- Mark? - Ele parou a uma certa distância de mim. - Mark, é você? - Antes que eu pensasse em dar mais um passo, ele se virou na direção do mar e entrou na água, desaparecendo. Sem pensar, corri em direção a ele, mergulhando também.

A ilusão se desfez debaixo d'água, dando lugar ao desespero enquanto lutava para voltar à superfície. Em um momento crítico, alguém me segurou, me resgatando do afogamento e me levando de volta à praia. Ele me colocou sentada na areia e ajoelhou-se diante de mim.

- Você está bem? - perguntou gentilmente, seus olhos refletindo preocupação. Ofegante, olhei para o rapaz com gratidão e confusão.

- Obrigada, você me salvou. - Agradeci.

- Fico feliz por ter chegado ao tempo. Mas pode me dizer porquê entrou no mar sem saber nadar?

- Eu achei que tinha visto alguém importante para mim entrar no mar, mas me enganei. - Ainda temendo, expliquei sobre a ilusão que me levou ao mar, ele ouviu atentamente cada palavra que eu disse, absorvendo a história com seriedade. Seus olhos revelaram compaixão enquanto processava a confusão que eu enfrentava.

Entre dois mundos  - Nct: TEN / MARK LEE [Em Andamento] Onde histórias criam vida. Descubra agora