ATO VI - Parte I: A taça

325 38 77
                                    




     Albus Dumbledore - ex Promotor chefe, atual Diretor de Hogwarts está em coma há uma semana. Diziam as manchetes do jornal naquela manhã.

     Todos tinham opiniões pessoais, não se poderia negar que Dumbledore é um homem velho - chegar aos 70 e poucos anos não é para qualquer um. Vendo de fora, era óbvio que teria sido um derrame, ou então um ataque cardíaco e coma seria por conta da pancada que a cabeça levou na queda.

     Bem, Dumbledore é duro na queda. Em seu bolso havia um papelzinho dobrado, palavras simples - "a taça".

     Sírius e Mary se entreolharam, sabendo o que fazer - talvez seu erro tivesse sido esperar um dia antes de começar a busca. Pois procuravam a tal taça havia uma semana, sem traço algum de sua existência.

     Não poderia ser tão difícil encontrar um maldito copo, poderia?



•─────✧─────•



     Regulus e Remus se encarregaram de Peter. Na casa de James, que possuía um olhar inconsolável - não que Remus estivesse em plena paz, Pettigrew era seu melhor amigo também. Contudo, Lupin tinha mais sangue frio.

"Oi pessoal- Regulus?" Peter levou um susto à porta sendo aberta por Black.

"Peter, entre por favor. Você deveria se sentar, temos notícias péssimas."

"Ok." Falou receoso, tirando seu casaco na entrada e indo em direção ao sofá.

     Lá estava Remus, sentado em uma ponta e James na poltrona ao lado. Regulus ficou em pé, como quem fosse passar instruções.

"Peter, que coisa terrível essa que aconteceu com Dumbledore, não acha?" Começou.

"Sim - algo terrível. Mas com sua idade, não é de se surpreender." Respondeu um pouco tenso, Regulus o olhou com o máximo de inocência possível, antes de seguir com uma voz falsamente triste.

"Ah. Você não sabe então?" Inclinou a cabeça. "Claro que não saberia, os jornais não divulgaram..." Suspirou.

"Sei o que?" Pettigrew olhou confuso para os dois amigos sentados, Remus o respondeu.

"Acham que foi envenenamento, acredita?" Os olhos de Peter se arregalaram.

"Mas ele é só diretor de uma escola - porque alguém iria querer envenenar ele? Isso não faz o menor sentido-" Sua voz era nervosa.

"A gente sabe que Mary te contou da investigação toda, tudo bem. Sabendo daquilo tudo dá pra imaginar o porquê..." James interviu.

"Então é você que vai promover o caso?" Perguntou quase como um reflexo.

Regulus riu com escárnio.

"Pettigrew, você é um rato traidor tão nojento que nem sequer consegue manter uma conversa sem querer coletar informações?"

"O que, como assim?" Perguntou em confusão, mas seu rosto ficou vermelho.

"A gente sabe, Pete." Remus avisou irritado.

"Remus, James. Eu- eu não sei do que ele tá falando, eu nunca trairia vocês - Mary, ela - eu nunca, jamais."

     James sempre foi uma pessoa calma. Nunca gostou de grandes atos de agressão física, verbal ou psicológica. James Potter nunca gritava, e sempre se chateava como uma criança quando Lily estava estressada e levantava a voz para ele. Por isso todos se assustaram com a batida que foi dada na mesa de centro.

Own My Mind; StarchaserOnde histórias criam vida. Descubra agora