OTTO

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BASKIN KÖHLER

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BASKIN KÖHLER

Na sexta-feira, Charles me mandou uma mensagem dizendo que pegou meu número com Nora e que queria conversar comigo sobre algum assunto. Eu iria recusar, mas, depois de conversar melhor com Nora e Martina, que conheciam ele há mais tempo, aceitei seu convite. Porém, ele queria conversar comigo em Mônaco, já que esse final de semana a corrida seria em sua terra natal, então o monegasco estava bem atarefado e não poderia ir para Maranello.

Pensei em deixar Asher com Martina e ir sozinha, mas Nora mora no país e disse que ficaria de babá. E seu irmão, Pietro, se ofereceu para buscar meu filho e eu e nos levar até Monte Carlo.

A disponibilidade de todas essas pessoas me deixava com uma pulga atrás da orelha. Eles, com certeza, sabem de algo que eu não sei.

— Então, sobre o que amigo de vocês quer conversar? – Pergunto no meio da viagem para Pietro.

— Eu não sei. – O loiro dá de ombros. — Ele não te disse o que era?

— Não. Ele só perguntou se eu tava livre e disse que queria conversar.

— E você simplesmente aceitou? Assim fácil?

— Martina e Nora me disseram pra vir. – Dei de ombros também. — Ele realmente não te contou nada?

— Não mesmo. Mas, eu sei que Charles tem empresa. Quem sabe é uma proposta de emprego?

Suspiro e ajeito meus óculos no rosto. A palavra emprego andava me assombrando ultimamente. Fiz algumas entrevistas e não deu em nada. E a antiga empresa de Martina não tinha um cargo disponível para mim. A minha situação era triste. Deprimente é uma palavra melhor. 

Recebi outra conta do hospital e veio maior que a anterior, pois o plano de saúde de Asher não cobriu os gastos. E o plano de saúde aumentou e a mensalidade da creche também. Eles devem achar que tenho uma árvore que dá notas de cem euros em cada galho. 

Charles pode me oferecer qualquer coisa que eu aceito. 

— Espero que seja. – Olho para Asher, que dorme no banco de trás.

— Tá muito ruim o mercado?

— Terrível. Péssimo. Horrendo. Tenebroso. – Rimos.

— Ok, acho que entendi. 

— Tá, mas chega disso. Me fala sobre você. – Me viro para o rapaz para encará-lo.

— Falar o que? – Me olha confuso. 

— Não sei, qualquer coisa. – Ele faz uma careta. — A gente se conhece tem só uma semana e eu tô no seu carro indo pra outro país ver o seu amigo, que eu conheço há uma semana também. – Explico e ele assente.

— Certo… Bom, me chamo Pietro Martin, tenho 24 anos, nasci na Inglaterra, porém me mudei para Mônaco aos 13 anos. Tenho uma irmã gêmea e uma irmã mais nova, de 18 anos. Sou chef de cozinha e abri meu próprio restaurante há um ano e meu namorado me traiu com um dos funcionários do meu restaurante.

ACCIDENTAL CHEMISTRY | CHARLES LECLERCOnde histórias criam vida. Descubra agora