QUATTORDICI

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BASKIN KOHLER

O fim de semana em Monte Carlo foi incrível. Andamos um pouco pela cidade, conhecendo outros lugares e também conheci o resto do grupo de amigos de Charles, que eu não tinha conhecido da última vez que estive na cidade.

Passamos nosso domingo no iate de Charles, é claro que ele tem um iate, com a família e alguns dos amigos dele. Ainda no final do dia, voltamos para Maranello e Asher não ficou nem um pouco contente de voltar tão cedo para casa e ainda saber que não vamos viajar com Charles para outra corrida novamente.

Para deixar o fim de semana super divertido e interessante, descobri que meu filho resolveu chamar Charles de pai e o monegasco parece bem contente com o título. Conversamos sobre isso ainda no dia que descobri e foi aquele tipo de conversa para lavar a roupa suja, digamos assim. Colocamos as cartas na mesa, falamos sobre tudo o que queremos para o nosso futuro e o que esperamos de nosso relacionamento, além de termos conversado com Asher sobre tudo isso para evitar que ele fique confuso. Posso dizer que a conversa tirou todo um peso das minhas costas e, ao que parece, das costas de Charles também.

— Quando você vai embora? – Pergunto fazendo carinho em seu cabelo.

Chegamos de Mônaco depois das 20h com um Asher completamente apagado na sua cadeirinha depois de muita birra por não poder ficar em Monte Carlo com a sua "vovó" Pascale e ter que estudar na segunda.

Charles resolveu fazer a janta enquanto eu dava um banho no meu filho, creio que ele traumatizou o monegasco, e saiu melhor do que a massa que ele havia feito na sexta-feira.

— Você já tá me expulsando?

Ele diz com a voz abafada por estar com a cara enfiada em meu pescoço.

— Sim. Cansei de você. – Digo rindo. — Tava falando da sua viagem.

— Na terça pela manhã.

— Você ainda tem segunda pra ficar de babá então. – Ele ri no meu pescoço, o que causa um arrepio em mim.

— O que você vai fazer segunda?

— Esqueceu que eu trabalho?

— Mas de casa. – Ele levanta a cabeça para me olhar. — Você tá se livrando de Ash e de mim.

— Eu tenho uma reunião com uma cliente que mora em Bolonha. Uma tenista e o marido dela, na verdade.

— Espero que o marido seja um velho bem feio.

— Ciumento. – Cutuco suas costelas e ele rir. — Não vou demorar. Vou pela parte da tarde, então preciso que cuide dele por mim e já que você é o pai agora. 

— Sorte sua que sou um bom pai.

Ele sorri e me beija subindo sua mão por baixo da minha camisa, ou melhor, sua camisa e apertando minha cintura. Ele muda os beijos para meu pescoço e eu solto pequenos gemidos.

— Tem certeza que Ash tá dormindo?

— Já são quase dez horas, amor. Que criança fica acordada nesse horário?

– Ótimo.

Ele ataca meus lábios pedindo passagem com a língua, que eu cedo sem pensar duas vezes. Seu quadril encosta no meu e eu consigo sentir sua ereção e solto outro gemido agarrando seu cabelo.

Charles sobe as mãos ainda mais chegando em meus seios e apertando os mesmos provocando mais murmúrios da minha parte. Ele desce os beijos por meu pescoço e começa a chupar e mordiscar.

— Baskin, você vai acordar ele assim. – Se refere aos meus gemidos altos. 

— Não me diga que você vai parar de novo. – Reviro os olhos e ele sorri.

ACCIDENTAL CHEMISTRY | CHARLES LECLERCOnde histórias criam vida. Descubra agora