QUINDICI

810 91 21
                                    

CHARLES LECLERC

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

CHARLES LECLERC

Respiro fundo e fecho os olhos apertando o topo do meu nariz enquanto conto mentalmente até, provavelmente, 1000. Não sei ao certo, só fui contando até conseguir me acalmar.

A corrida no Canadá foi péssima. Nem Carlos nem eu tivemos bons resultados, nenhum dos carros foram ao pódio. Agora estamos na Áustria e os tempos de corrida no segundo treino livre estão horríveis. Temos um déficit de 8 décimos para a Red Bull e precisamos encontrar eles no sábado ou já posso começar a dar adeus ao meu campeonato.

— Você também perdeu bastante no 3 setor. – Xavi aponta para o gráfico. 

— Sim, porque tinha tráfego! Tinha uns 4 carros na minha frente. – Reviro os olhos.

Avisei Xavi inúmeras vezes sobre o tráfego, eu queria ir para pista sem ser atrapalhado e fazer uma volta limpa, mas não foi o que aconteceu, visto que várias vezes eu peguei outros carros na pista.

— Também perdemos muito na reta.

— Podemos tentar um acerto diferente amanhã?

— Em qual carro? – Carlos e eu perguntamos ao mesmo tempo.

Mudar todo o acerto do carro parece muito arriscado quando os seus dois pilotos estão confortáveis. Uma mudança muito grande pode vir a ser muito boa ou muito ruim.

— Vamos testar com Charles no primeiro treino amanhã. – Vasseur diz. — Carlos também vai testar algumas pequenas mudanças e vamos avaliar os dados ao longo do treino. Se der errado, voltamos pro acerto inicial e vamos assim mesmo para a corrida.

Não reclamo com ele. Não estou no clima de brigar sobre quem deveria ou não testar algo no carro, já que eu sempre acabo como o rato de laboratório. Apenas assinto e analiso o que mais eu preciso melhorar e converso com meu engenheiro. 

Meu celular vibra várias e várias na mesa com o nome de Baskin na tela, apenas ignoro e deixo vibrar. Avisei a ela que estaria em reunião, então não entendo o porquê da ligação.

Quando a reunião finalmente acaba, saio e ligo de volta para ela.

— Eu estava ocupado. – Digo assim que ela atende.

— Oi, papai! Tudo bem?

É a voz de Asher que está do outro lado da linha.

— Tudo sim. E você, baixinho?

— Eu tô bem.

— E cadê a mamãe? – Perguntou confuso e curioso.

ACCIDENTAL CHEMISTRY | CHARLES LECLERCOnde histórias criam vida. Descubra agora