Um piloto de Fórmula 1 tentando limpar sua imagem e uma mãe solteira recém desempregada, Baskin e Charles são a salvação um do outro.
Quando algumas fotos e vídeos deles juntos viralizam e despertam rumores de um relacionamento romântico, Charles...
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CHARLES LECLERC
Minha semana em Monte Carlo foi acompanhada de calmaria e alegria. Passei tempo com minha família e celebrei com meus amigos a chegada da primeira filha de um deles, meu amigo, Theo, e sua namorada, Giulia, tiveram uma linda neném há duas semanas chamada Louise. Posso dizer que ela é a criança mais fofa de todas e bem dorminhoca.
Aproveitei meus dias na cidade para arrumar meu apartamento que estava uma bagunça e se minha mãe sonhasse com o estado daquele lugar ela provavelmente puxaria minha orelha até ficar roxa. Então contratei uma pessoa para ajudar já que nunca conseguia limpar o lugar sozinho.
Agora, me encontrava de volta na Itália, mais especificamente em Castelvetro, uma pequena cidade ao sul de Modena, onde fica minha mais nova casa. Dessa vez, apostei em algo diferente, apesar de morar sozinho não queria ficar em outro apartamento então passei algumas boas e longas semanas procurando casas na cidade até que finalmente encontrei uma que me agradasse.
Decidi fazer algumas reformas na casa já que algumas coisas precisavam de reformas urgentes, tipo a cozinha e a sala.
A casa saiu por um bom preço e ficava em um belo lugar. Era de dois andares em um estilo mediterrâneo com um quintal onde uma boa jardinagem e decoração só a deixaria ainda mais bela, e ainda tem uma linda vista para alguns vinhedos. E meus vizinhos são pessoas super discretas e muito receptivas, a maioria sendo mais velhos que eu, com exceção ao casal da casa da frente que tem quase minha idade e dois filhos.
— Boa tarde, Charles! – Martina me cumprimenta assim que saio do meu carro.
Sorrio e cumprimento ela e seu esposo, Francesco.
— As crianças estão na escola? – Digo enquanto tira algumas coisas do porta-malas.
— Ah não. Houve uma infestação de piolhos então cancelaram as aulas essa semana. – Arregalo os olhos para eles que riem e me asseguram que nem as crianças e nem eles pegaram piolho.
Francesco me ajuda a tirar as coisas do carro ao perceber que eu não ia dar conta de tirar tudo sozinho, lhe agradeço e entramos na minha casa conversando. Ele me convida para jogar futebol com ele e alguns de seus amigos do trabalho no domingo, porém, como irei viajar sou obrigado a recusar e digo que na próxima vez irei.
Colocamos algumas coisas em um canto na sala, que está mais empoeirada que nunca.
— Acho legal abrir mais a cozinha e diminuir um pouco a sala. – Martina diz parada na porta.
Peço para que ela entre, mas ela mostra as botas com lama do jardim.
— É muito espaçosa e a cozinha é tão pequena e fechada.
— Você trabalha com decoração, não é?
Lembro de ela mencionar algo sobre, mas como tenho uma memória ruim para alguns assuntos, decidi perguntar para ter certeza.
