Capítulo 8

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Estacionamos o jipe próximo ao local onde meu carro estava estacionado e desembarcamos um a um. Ao sair do veículo, fomos calorosamente recebidos por algumas pessoas que se aproximaram, ansiosas para saber o resultado de nossa busca. Olhares curiosos se voltaram para nós, e a expectativa pairava no ar enquanto nos aproximávamos.

À medida que nos chegávamos mais próximos do grupo, as vozes se calaram e os olhares se fixaram em Felipe, que caminhava ao nosso lado. Um misto de surpresa e curiosidade tomou conta das expressões das pessoas ao notarem um novo rosto entre nós.

Os murmúrios de conversas preenchiam o ambiente, e alguns se questionavam em voz baixa sobre a identidade de Felipe e como ele havia se juntado a nós. Aos poucos, a curiosidade transformou-se em expectativa, e o silêncio se espalhou pela clareira à medida que nos aproximávamos do centro do acampamento.

Enquanto nos reuníamos em meio ao grupo, Matias tomou a palavra, compartilhando a notícia com entusiasmo.

- Pessoal, temos boas notícias! Encontramos munições e medicamentos o suficiente para algumas semanas, e encontramos mais um membro para se juntar a nós!

Os olhos se iluminaram e um murmúrio de empolgação se espalhou pela multidão. Todos se aproximaram ainda mais, querendo saber mais detalhes e cumprimentar o novo membro da comunidade.

- Boa noite pessoal – ele começou. – Me chamo Felipe. É um alívio encontrar mais sobreviventes, sempre pensei que estivesse sozinho aqui.

Eu olhei para Felipe com um sorriso caloroso, enquanto ele se apresentava ao grupo. Era reconfortante saber que agora fazia parte da nossa comunidade.

- Boa noite, Felipe! Bem-vindo ao nosso lar – David, que ainda estava com a sua câmera em mãos foi o primeiro a dar as boas-vindas a Felipe. Enquanto falava, estendeu sua mão para ele apertar. – Fico feliz que tenha vindo para cá conosco. Aqui, ninguém precisa passar por tudo isso sozinho.

- Obrigado pela acolhida. É um alívio encontrar pessoas que se ajudam mutuamente neste mundo caótico. – Felipe apertou a mão de David com gratidão. – Passei por muitas dificuldades e encontrei muitas situações perigosas ao longo do caminho, mas finalmente encontrei um lugar onde posso me sentir seguro.

Outros membros do acampamento se aproximaram para cumprimentar Felipe, compartilhando palavras de boas-vindas e expressando sua alegria por ter mais um companheiro ao nosso lado.

- Então, Felipe, como você conseguiu sobreviver por tanto tempo sozinho? – perguntou Liz, curiosa para conhecer sua história.

- No começo, eu estava perdido e assustado. Mas com o tempo, aprendi a confiar nos meus instintos, aperfeiçoar minhas habilidades de sobrevivência e buscar recursos em lugares abandonados. – Felipe suspirou, seus olhos transmitindo um misto de tristeza e determinação. – Foi uma jornada solitária, mas agora estou feliz por ter encontrado um grupo como vocês.

- Estamos felizes em tê-lo aqui conosco, Felipe. – Matias se aproximou e colocou a mão no ombro de Felipe. – Agora somos uma família, e juntos vamos enfrentar os desafios que vierem pela frente.

Enquanto a conversa continuava, compartilhamos histórias, conselhos e até algumas risadas. Todos no acampamento pareciam estar em sintonia, formando laços mais fortes e criando uma sensação de comunidade que nos ajudava a enfrentar os dias difíceis.

Com a chegada de Felipe, sabíamos que tínhamos mais um membro valioso para contribuir com suas habilidades e conhecimentos. Juntos, poderíamos planejar, construir e nos preparar para um futuro incerto.

A noite continuou com uma refeição em grupo, onde todos compartilharam o que tinham, reforçando o espírito de solidariedade e generosidade. Enquanto nos sentávamos ao redor da fogueira, as chamas dançavam, iluminando nossos rostos e aquecendo nossos corações.

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